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O primeiro acidente de carro do Brasil ocorreu em 1897, a 4 km/h, com um veículo de três rodas movido a vapor que acabava de chegar ao país como ‘veículo do futuro’

Publicado em 07/07/2025 às 20:26
Primeiro acidente de carro do Brasil
Um Serpollet a vapor modelo 1891 (Reprodução/Internet)
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O primeiro carro do Rio de Janeiro chegou em 1897, causou espanto nas ruas e terminou sua jornada num acidente inusitado

Em 1897, uma cena inusitada marcou o início da era dos automóveis no Rio de Janeiro. O jornalista e abolicionista José do Patrocínio voltava de Paris com uma novidade: o primeiro carro da cidade. Tratava-se de um triciclo movido a vapor, criado pelo francês Léon Serpollet. O veículo chegou desmontado e foi remontado no Brasil com expectativa e curiosidade.

Patrocínio era conhecido por sua ousadia e entusiasmo. Ao apresentar o automóvel, não economizou nas palavras. “Trago de Paris um carro a vapor… O Veículo do Futuro, meus amigos. Um prodígio!“, disse ele, prometendo que o veículo faria o trajeto do Largo do São Francisco ao Alto da Tijuca em apenas meia hora. Para ele, aquela invenção colocaria fim aos tílburis, bondes e até à estrada de ferro.

A população do Rio, acostumada com transporte puxado por animais, ficou espantada. O cronista João do Rio, em “A era do automóvel”, registrou a reação das pessoas: “Gente de guarda-chuva debaixo do braço parava estarrecida, como se tivesse visto um bicho de Marte ou um aparelho de morte imediata.

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Entre os primeiros convidados a experimentar o novo veículo estava Olavo Bilac. Amigo pessoal de Patrocínio, o poeta assumiu a direção do Serpollet mesmo sem qualquer experiência com automóveis.

Patrocínio ficou no banco do carona, que ficava à esquerda, já que os veículos seguiam o padrão inglês na época.

O plano era seguir de Botafogo até a Estrada Velha da Tijuca. Mas a viagem durou pouco. O carro conseguiu atingir cerca de 4 km/h antes de Bilac perder o controle na primeira curva.

O Serpollet bateu em uma árvore. Nem Bilac nem Patrocínio se feriram, mas o veículo sofreu danos sérios.

Anos depois, o escritor Coelho Neto relembrou a cena com tom cômico no jornal “Correio da Manhã”.

Segundo ele, o carro chegou a ficar preso em uma cova e precisou ser rebocado com bois e correntes. Abandonado, o automóvel enferrujou e virou abrigo de galinhas. No fim, foi vendido como ferro-velho.

O episódio marcou não apenas a estreia dos carros na cidade, mas também o primeiro acidente registrado.

Com informações de Quatro Rodas.

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Romário Pereira de Carvalho

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