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O Porto Ponta do Félix realizou uma operação inédita pelo litoral brasileiro

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 09/02/2023 às 17:58
Atualizado em 19/03/2023 às 14:39
Porto Ponta do Félix
Porto Ponta do Félix (Foto/divulgação)

De acordo com o Presidente do Porto Ponta do Félix, Gilberto Birkhan, a operação possibilitou um aumento na movimentação de grãos e cereais através do terminal.

O Porto Ponta do Félix, situado em Antonina, no litoral do Paraná, realizou na quarta-feira (08) uma operação inédita: a sua primeira navegação de cabotagem para a expedição de transporte de trigo. O cereal produzido no Paraná e comercializado pela Coamo Agroindustrial Cooperativa teve o Ceará como destino final e foi embarcado em 15 mil toneladas.

A Cabotagem é uma modalidade de transporte marítimo que envolve a navegação pelas costas litorâneas e os portos internos de um país. É amplamente utilizado para o transporte rápido, seguro e eficiente de mercadorias e passageiros entre os principais destinos nacionais.

O presidente do Porto Ponta do Félix, Gilberto Birkhan, destacou a importância da operação para o aumento na movimentação de grãos e cereais pelo terminal. Ele explicou que o transporte marítimo é uma excelente opção quando a distância entre origem e destino ultrapassa 1500 quilômetros, pois a navegação de cabotagem ainda é pouco explorada no Brasil.

Navegação de cabotagem

Até o ano anterior, era obrigatório que os navios que realizassem a cabotagem no Brasil fossem de bandeira brasileira. No entanto, com a implementação da Lei da Cabotagem, essa exigência foi abolida e os navios estrangeiros foram autorizados a operar no país de forma gradual.

A Lei da Cabotagem revogou a exigência de que apenas navios de bandeira brasileira pudessem realizar operações cabotísticas no país. Dessa forma, está sendo permitido gradualmente o uso de navios estrangeiros para essa modalidade.

Birkhan destaca que as novas regras devem incentivar a navegação nas águas costeiras brasileiras, aumentando o número de embarcações disponíveis e diminuindo os custos envolvidos na indústria. O Porto Ponta do Félix possui autorização emitida pelo governo federal para operar mercadorias em tráfego de cabotagem.

O Porto Ponta do Félix está prevendo um aumento de 65% na movimentação de cargas neste ano. Graças à sua capacidade para movimentar e armazenar diferentes tipos de cargas, como fertilizantes, açúcar ensacado, sal, malte, trigo, pellet de madeira e alimentos, o terminal é multipropósito.

O presidente do Porto Ponta do Félix, Gilberto Birkhan, afirmou que houve investimentos significativos para customizar o serviço de acordo com as demandas dos clientes e para aumentar a diversidade dos itens movimentados.

O que é e como funciona a cabotagem no Brasil 

Via intermodal

Novos investimentos

O Porto de Ponta do Félix terá novos armazéns nos próximos meses, resultando em um aumento gradativo da capacidade de armazenagem de 280 mil toneladas para 520 mil toneladas, um incremento de 85%.

O incremento da capacidade estática no Porto de Antonina tem aberto oportunidades em diversos segmentos. Dentro do cronograma de operações, a cabotagem de trigo e a importação de barrilha, um produto à base de sódio usado na indústria alimentícia, estão entre os destaques.

Para garantir segurança durante a atracação dos navios, foram realizados investimentos em novas defensas marítimas, equipamentos que amortecem o impacto entre embarcações e estruturas portuárias. Segundo Birkhan, responsável pelo porto, essas melhorias visam atrair mais navios para Antonina, tudo para cumprir padrões internacionais de segurança.

Porto Ponta do Félix

A Porto Ponta do Félix é uma empresa privada que administra o Terminal Portuário Multipropósito de Antonina, em concessão da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina — APPA. O contrato de arrendamento foi outorgado em 1995, tendo sido inaugurado o cais de atracação em 2000, para exportação de produtos refrigerados, produtos florestais e aço. 

Em 2009, a FTS Par assumiu a gestão da empresa, iniciando-se uma nova fase nas diretrizes do contrato de arrendamento, focado principalmente na conversão da vocação do terminal para carga geral e a granel.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 2.300 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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