Fusca sobrevive à água: motor traseiro, sistema simples e altura elevada explicam por que o carro cruzava alagamentos sem medo
O Volkswagen Fusca ficou conhecido por algo que poucos carros conseguem fazer com eficiência: atravessar trechos alagados sem que o motor apagasse.
Essa fama não surgiu por acaso. O modelo, popular no Brasil por décadas, reunia características mecânicas que favoreciam o desempenho em situações adversas.
Motor refrigerado a ar e menos vulnerável
O segredo começava no motor. O Fusca utilizava um motor boxer de quatro cilindros opostos, localizado na traseira do veículo. Ele era refrigerado a ar, ou seja, não contava com radiador, bomba d’água ou mangueiras.
-
A praia que brilha no escuro é um dos fenômenos mais impressionantes da natureza, onde o mar se transforma em um céu estrelado e as ondas parecem feitas de luz sob o silêncio da noite
-
Bilionários, artistas e atletas seguem os passos de Neymar em Balneário Camboriú: youtuber mostra como é morar em apartamentos de R$ 25 milhões com piscinas panorâmicas, suítes de 80 m² e vista para o mar
-
Uma ilha artificial de U$12 bilhões em forma de palmeira, construída com 85 milhões de m³ de areia dragada, que adicionou 56 km à costa de Dubai
-
A história que emociona o Nordeste: Ilson Mateus, o ex-engraxate e garimpeiro que abriu uma mercearia no Maranhão e hoje comanda o Grupo Mateus, com 273 lojas, 50 mil empregados e faturamento de R$ 32 bilhões
Esses itens, comuns em carros modernos, são vulneráveis em contato com a água. No Fusca, a ausência deles tornava o sistema mais simples e menos propenso a falhas.
As aletas de refrigeração no motor dissipavam o calor diretamente para o ambiente. Assim, o motor não sofria superaquecimento por entrada de água, algo que acontece em outros modelos com arrefecimento líquido.
Sistema de admissão e ignição em locais mais altos
Outro fator importante era o posicionamento das peças mais sensíveis. O carburador do Fusca ficava no topo do motor, acima das rodas traseiras.
Isso dificultava a entrada de água no sistema de admissão. Já o distribuidor e os cabos de vela estavam em regiões menos expostas, o que reduzia bastante o risco de curto-circuito. Mesmo com parte do carro submersa, o motor conseguia continuar funcionando.
Menos eletrônica, mais resistência
A simplicidade mecânica era mais um ponto a favor. Por ter menos componentes eletrônicos, o Fusca apresentava menos áreas vulneráveis à água.
Em caso de problemas, o reparo era mais simples. Muitos proprietários conseguiam fazer pequenos consertos sozinhos, sem ferramentas específicas ou conhecimento avançado.
Suspensão robusta e altura elevada
Além disso, o Fusca tinha uma altura livre do solo relativamente alta e uma suspensão robusta. Isso permitia enfrentar terrenos irregulares, buracos e enchentes com mais facilidade.
A tração traseira auxiliava o veículo a manter aderência mesmo em locais difíceis. Esse conjunto de características fazia do Fusca uma opção confiável em regiões com estradas precárias ou sujeitas a alagamentos.
Mesmo décadas depois, o carro ainda é lembrado por essa resistência. A fama de “não apagar na água” continua viva na memória de muitos brasileiros.