Preço do diesel brasileiro se aproxima do produzido no Golfo do México, mas ainda mais caro que o russo. Importação de diesel russo pode reduzir custos.
As importações de diesel russo para o Brasil continuam em alta, de acordo com informações da S&P Global. Mesmo com o reajuste anunciado pela Petrobras, a demanda pelo diesel russo permanece forte e deve se manter em crescimento no ano de 2024. A perspectiva de aumento na importação de diesel russo mostra a dependência contínua do Brasil em relação aos combustíveis fósseis, em especial o petróleo, demonstrando a constante necessidade de encontrar alternativas sustentáveis para a matriz energética do país. For more information, click here.
Importação de diesel russo
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De acordo com a consultoria, o país importou 10,5 milhões de barris de diesel em novembro, dos quais 7,7 milhões de barris, o equivalente a 73%, da Rússia.
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Na primeira semana de dezembro, foram 2,2 milhões de barris de diesel importados, dos quais 1,6 milhão de barris provenientes do mercado russo — já há contratos fechados para entrega em janeiro.
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Segundo a S&P Global, traders trazem as cargas sem cliente definido e os navios esperam até uma semana por compradores nos portos, principalmente Itaqui (MA) e Suape (PE).
Reajuste do preço do diesel
A Petrobras reduziu o preço do diesel em 6,6% para as distribuidoras na última sexta-feira (8/12). Com isso, praticamente eliminou a defasagem que existia em relação ao mercado internacional.
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O valor do diesel brasileiro agora está próximo do produzido no Golfo do México, nos EUA, mas ainda está mais caro que o russo.
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Os traders trabalham com a expectativa de mais um reajuste em janeiro pela Petrobras.
Petróleo estável. O preço do petróleo fechou perto da estabilidade nesta segunda-feira (11/12), com temores com uma desaceleração chinesa contrabalançando perspectivas otimistas para a demanda americana e europeia.
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O WTI para janeiro fechou em alta de 0,13%, a US$ 71,32 o barril. O Brent para fevereiro subiu 0,25%, a US$ 76,03 o barril.
Consolidação das petroleiras. A Occidental Petroleum anunciou a compra da Crown Rock por US$ 12 bilhões. Com isso, vai reforçar seu portfólio de gás não convencional nas bacias do Permiano, a maior do país, e de Midland.
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A aquisição vai adicionar 170 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/d) à produção da Occidental em 2024. E acrescentar 1,7 mil áreas exploratórias não desenvolvidas.
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A aquisição é parte de um movimento de consolidação do mercado de petróleo norte-americano. Somente este ano, foram anunciadas duas das maiores fusões do século: Chevron/Hess e ExxonMobil/Pioneer.
Credores pressionam Unigel. Os detentores de R$ 500 milhões em debêntures emitidas pela Unigel aprovaram o início dos procedimentos para execução da dívida. A empresa, no entanto, conseguiu uma suspensão por 60 dias. As dívidas somam mais de R$ 3 bilhões.
CPI da Braskem. Deve ser instalada hoje no Senado a Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o risco iminente de colapso na mina da Braskem em Mutange, em Maceió (AL).
- Autor do requerimento da instalação, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) deve ser o relator.
COP28 sem consenso. A ‘eliminação gradual dos combustíveis fósseis’ foi retirada do rascunho do Balanço Global (GST, em inglês) – o documento mais aguardado da Conferência Climática da ONU (COP28). A conferência termina nesta terça-feira (12/12) e ainda não havia um consenso sobre os termos do documento.
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O texto divulgado em Dubai, na segunda (11/12), chama os países para ‘reduzir tanto o consumo quanto a produção de combustíveis fósseis, de maneira justa, ordenada e equitativa’.
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A linguagem foi criticada pela ministra Marina Silva e, caso aprovada, será uma vitória para a Opep e seus aliados.
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E uma derrota para uma coalizão de mais de 80 países, incluindo os Estados Unidos e membros da União Europeia, que pressiona por um acordo que aborde a eliminação gradual dos combustíveis fósseis.
Próximas COPs
Próximas COPs. A COP29 será em Baku, no Azerbaijão, entre 11 e 22 de novembro de 2024. Já a COP30 será em Belém, entre 10 e 21 de novembro de 2025. A decisão foi tomada por consenso em sessão plenária na conferência.
Recorde de CBIOs. O RenovaBio estabeleceu um novo recorde de emissão de créditos de descarbonização (CBIOs) em novembro de 2023, com 4,3 milhões de títulos que comprovam a eficiência energética e ambiental na produção de biocombustíveis.
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Até então, o maior número de CBIOs emitidos em um mês tinha sido 3,3 milhões, em outubro de 2020.
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Até novembro, já foram emitidos 32,3 milhões de CBIOs, mais do que em todo o ano passado.
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Cada crédito equivale a uma tonelada de carbono que deixou de ser lançada na atmosfera por meio dos combustíveis renováveis.
Raízen compra rede de recarga. A Raízen Power comprou toda a rede de recarga de veículos elétricos da startup Tupinambá, com 204 carregadores de corrente alternada (AC) — e potencial de expandir para mais de 600 pontos adicionais de 7,4 a 22 kW de potência.
Energia da Venezuela. O preço de importação da energia da Venezuela pela Âmbar (J&F) supera em muito patamares históricos. Segundo a Folha, despachos podem chegar a R$ 1.080 por MWh. O Ministério de Minas e Energia justifica que custo é menor que geração isolada para atendimento a Roraima.
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A Âmbar afirma que haverá uma redução de R$ 1 bilhão nos gastos em relação às térmicas a diesel hoje existentes.
Opinião: ‘Átomos para a paz’: marco do uso pacífico da energia nuclear completa 70 anos. Desmistificar percepções negativas da fonte é um desafio crucial, escreve Marco Antonio Alves.
Fonte: EPBR