Novos dados da Serasa revelam um cenário que você não conhecia. Levantamento mostra que 70,5% da renda dos brasileiros já está comprometida, com sobra média de apenas R$ 968 por mês
Segundo novos dados da Serasa, a situação financeira das famílias brasileiras continua em alerta. O estudo mostra que 70,5% da renda está comprometida com dívidas e despesas fixas, como cartão de crédito, financiamentos, contas de energia e internet. Isso significa que sobra pouco para novos gastos ou investimentos.
De acordo com o levantamento, após quitar os compromissos mensais, resta em média apenas R$ 968 para outras despesas, valor que pressiona principalmente famílias de baixa renda. A desigualdade econômica fica ainda mais evidente quando se observa a diferença no comprometimento da renda entre os mais pobres e os mais ricos.
Disparidades salariais e o peso das dívidas
Os novos dados da Serasa mostram que famílias que recebem até um salário mínimo comprometem 90,1% da renda, restando quase nada para emergências ou poupança. Já quem ganha mais de dez salários mínimos compromete apenas 58,2% da renda.
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Esse contraste revela como custos fixos como alimentação e moradia pesam mais sobre os mais pobres, aumentando a desigualdade e limitando o acesso a uma vida financeira equilibrada. Com mais renda, há maior flexibilidade para investir, poupar e ter qualidade de vida.
Por que o endividamento é maior entre famílias de baixa renda?
De acordo com os novos dados da Serasa, o alto comprometimento está ligado a três fatores principais: custo elevado dos itens básicos, crédito caro ou inacessível e falta de orientação financeira. Famílias de baixa renda acabam recorrendo a empréstimos com juros abusivos, o que cria um ciclo difícil de romper.
Além disso, a falta de educação financeira faz com que muitos brasileiros não consigam planejar o orçamento de forma eficaz. Sem esse suporte, repete-se o mesmo padrão de endividamento, ano após ano.
Evolução recente do comprometimento da renda
Mesmo diante do cenário desafiador, os novos dados da Serasa apontam uma leve melhora. O comprometimento médio da renda caiu de 72,3% em 2022 para 70,5% em 2025. Essa redução, ainda que pequena, pode estar associada a políticas de crédito mais prudentes e maior atenção ao controle de gastos.
Calendário de evolução da dívida:
- 2022: 72,3%
- 2023: 71,4%
- 2024: 70,8%
- 2025: 70,5%
Essa tendência mostra que a educação financeira e os programas de renegociação de dívidas começam a gerar impacto, embora o desafio siga grande.
Caminhos para reduzir o comprometimento
Segundo os novos dados da Serasa, investir em educação financeira é fundamental para virar o jogo. Com informação, o trabalhador consegue planejar melhor, evitar juros abusivos e priorizar a poupança.
Outro ponto central é ampliar o acesso ao crédito justo, com juros mais baixos e condições adequadas para famílias de baixa renda. Políticas públicas também podem ajudar, seja por meio de subsídios, renegociação de dívidas ou redução de tarifas básicas.
Essas medidas combinadas podem diminuir a dependência de soluções financeiras prejudiciais e abrir caminho para um consumo mais consciente e sustentável.
Perspectivas para um futuro mais equilibrado
Apesar das dificuldades, os novos dados da Serasa revelam que já existem sinais de mudança. Programas de educação financeira, maior compromisso do setor bancário e políticas públicas voltadas para inclusão podem ajudar o Brasil a reduzir desigualdades e fortalecer a segurança financeira das famílias.
A construção de hábitos de consumo mais planejados é um passo essencial. Estabilidade, qualidade de vida e oportunidades só serão alcançadas quando o peso das dívidas deixar de sufocar a renda do trabalhador.
Você concorda com a leitura desses novos dados da Serasa? Acha que as medidas atuais realmente ajudam ou ainda faltam ações mais profundas para equilibrar as contas do brasileiro? Deixe sua opinião nos comentários — sua visão pode enriquecer esse debate.