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Novos centros de pesquisa em engenharia terão como investidores Embraer, ITA e Fapesp

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 27/05/2022 às 13:43
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Imagem de ThePixelman / Fonte: Pixabay

Investimentos da Fapesp, Embraer e ITA nos centros de pesquisa em engenharia, são de aproximadamente R$ 48 milhões

A empresa Embraer, o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) declararam a validação de investimentos compartilhados de aproximadamente R$ 48 milhões no período dos próximos cinco anos em um CPE (entro de Pesquisa em Engenharia) para a mobilidade aérea do futuro.

Segundo a Embraer, a pesquisa exclusiva no Brasil vai reunir representantes da comunidade científica e também profissionais da indústria aérea em ações fundamentadas em três bases: sistemas autônomos, aviação de baixo carbono e manufatura avançada.

A ideia do projeto do novo centro de pesquisa em engenharia patrocinado pela Embraer, ITA e Fapesp, cria um clima confortável para a espalhar o conhecimento, formar recursos humanos grandemente qualificados e a produzir publicações científicas de grande impacto na comunidade.

“Estamos muito felizes com a validação do Centro de Pesquisa em Engenharia focado na mobilidade aeronáutica do futuro, com parceiros como o ITA e a Fapesp”, diz o vice-presidente de Engenharia, Desenvolvimento tecnológico e Estratégia corporativa da Embraer, Luís Carlos Affonso.

Na opinião o presidente da Fapesp, Marco Antonio Zago, a parceria com o ITA e a Embraer pode oferecer respostas para um dos grandes pontos a serem destrinchados pela pesquisa nos anos futuros, a passagem para uma economia de baixo carbono associada à uma manufatura avançada.

Embraer e ITA são líderes em estudos de mobilidade aérea urbana

O novo centro de Pesquisa em Engenharia, patrocinado pela Embraer, ITA e Fapesp, vai focar no desenvolvimento da mobilidade aeronáutica urbana. Nos meses passados, as instituições investidoras, ITA, Embraer e Fapesp, traçaram em conjunto o objetivo das pesquisas que serão realizadas no centro de pesquisa em engenharia e as principais ações para firmar oficialmente sua parceria que propõe soluções de tecnologia inovadoras e que irão melhorar a competitividade do ecossistema de inovação global.

“Esse projeto é exclusivo desse modelo e irá aumentar a execução de recursos humanos em áreas pontuais, para Embraer, a FAB e a cadeia produtiva da área. Outrossim, vai proporcionar uma integração mundial para atender os desafios da mobilidade aeronáutica do futuro”, disse o professor Anderson Correia, reitor do ITA.

O Brasil está entre os principais países em liderança nos estudos de novas alternativas para a mobilidade aérea e também para a descarbonização da aviação. A iniciativa do centro de pesquisa em engenharia vai manter o país na vanguarda das tecnologias seguintes.

Projeto de táxi voador deve começar a operar em 2026 no Rio

Além do projeto do novo centro de pesquisa em engenharia que está sendo patrocinado pela Embraer, o ITA e a Fapesp, a Embraer também possui alguns outros projetos relacionados a área da aeronáutica. No ano de 2021, sua empresa especialista em mobilidade urbana aérea, EVE, começou a testar passageiros em seu veículo voador, onde foi realizado um trajeto entre o aeroporto do Galeão e a Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Atualmente, a empresa anunciou que a rota dita acima vai começar a circular comercialmente no ano de 2026.

O projeto da Embraer, que está sendo chamado de “carro voador”, é na verdade um automóvel que transporta passageiros, como um helicóptero. A diferença gritante entre os eles, segundo a empresa Embraer, vai ser o custo da passagem, que, para o carro voador deve se igualar ao custo de uma corrida de táxi, cerca de seis vezes menos do que uma corrida de helicóptero.


No ano de 2021, a passagem do eVTOL (aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical) teve o preço de cerca de R$ 99 reais. Contudo, ainda é incerto o valor a ser cobrado pela empresa em 2026, quando o carro se tornar popularmente usual.


Outra característica que torna diferente o eVTOL do helicóptero é o barulho produzido com seu funcionamento. De acordo com o presidente da EVE, André Stein, o ruído que o “carro voador” faz é 90% menor do que o ruído que um helicóptero faz, isso por conta da propulsão distribuída. Ou seja, a decolagem e a aterrissagem do carro futurístico é feita a partir de oito rotores, que são desativados ao levantar voo, quando outros dois rotores fazem a propulsão do avião para frente. Para mais, outro fato que explica a menor incidência de ruído do veículo, é a utilização de um motor elétrico, ao invés de um combustível originado do petróleo.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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