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Novo método usa cascas de ovo para extrair terras raras essenciais na fabricação de carros elétricos, reduzindo custos e impacto ambiental!

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 14/06/2024 às 00:12
Novo método usa cascas de ovo para extrair terras raras essenciais na fabricação de carros elétricos, reduzindo custos e impacto ambiental!
Foto: Freepik

Equipe de cientistas irlandesa utiliza cascas de ovo para extrair terras raras, materiais essenciais para a sustentabilidade.

Pesquisadores do Trinity College, da Universidade de Dublin, revelaram um método revolucionário para facilitar a extração de Elementos Terras Raras (ETRs) utilizando cascas de ovo. Esses elementos são cruciais para a produção de tecnologias sustentáveis, como carros híbridos e elétricos. O estudo destaca a simplicidade e eficiência do processo, potencialmente reduzindo custos e impactos ambientais na obtenção desses materiais essenciais. Confira como funciona a extração de terras raras com cascas de ovo. 

Entenda como pesquisadores estão utilizando cascas de ovo para extrair terras raras

Apesar do nome, os ETRs não são exatamente raros, mas costumam ser encontrados em concentrações baixíssimas e combinados a outros minérios. O processo de extração é muito complicado e caro, além de gerar um grande volume de resíduos e consumir muita energia e água.

Isto poderia ser simplesmente o precursor de uma nova forma de extração mais ecológica, especialmente em comparação com os processos intensivos de mineração atualmente necessários para extraí-los das camadas geológicas. No estudo que usa cascas de ovo para extrair terras raras, resíduos do ovo de galinha foram misturados a uma solução de terras raras e aquecidos entre 25 °C e 205 °C por cerca de três meses.

Os cientistas de Dublin notaram que, ao fim do período, as terras raras haviam se espalhado pelas cascas de ovos, estendendo-se pelo carbonato de cálcio (calcita) e pela matriz orgânica.

Os resultados variaram de acordo com as temperaturas do experimento: a  90 °C, neodímio (Nd) se formou na superfície da calcita em dissolução. A 165 °C e 205 °C, a calcita se dissolveu totalmente, e a 205 °C o neodímio foi substituído por bastnasita, normalmente usada na extração de terras raras para aplicações tecnológicas.

Pesquisadores comentam sobre o uso de cascas de ovo para extrair terras raras

É importante mencionar que os testes foram realizados em uma colaboração entre profissionais do iCRAG, da Science Foundation Ireland e da Faculdade de Ciências Naturais do Trinity College Dublin e a equipe publicou as suas descobertas na ACS Omega. O artigo explica que o uso de carboneto de cálcio (calcita) presente nas cascas dos ovos pode absorver e separar com sucesso os ETRs da água.

O co-autor do estudo que usa cascas de ovo para extrair terras raras, Prof. Juan Diego Rodríguez-Blanco, afirma que, ao transformar estes resíduos de casca de ovo em um recurso valioso para a recuperação de terras raras, é abordado preocupações ambientais críticas associadas aos métodos de extração tradicionais e contribui para o desenvolvimento de tecnologias mais verdes.

Segundo Diego, jogar fora as cascas dos ovos pode não ser uma boa ideia, visto que este estudo mostra o seu valor como potencialmente ‘verde’ de conseguir mais ETRs que serão procurados com a crescente transição energética.

Casca de ovo ganha novas frentes na indústria tecnológica 

Além deste estudo para o uso de cascas de ovo para extrair terras raras, outros pesquisadores buscam esforços consistentes na busca por soluções mais eficientes e sustentáveis para o armazenamento de energia.

Recentemente, um avanço significativo foi lançado com a descoberta de que cascas de ovos de galinha podem desempenhar um papel essencial no desenvolvimento de sistemas de baterias recarregáveis. Essa inovação promete não apenas maior segurança e sustentabilidade, mas também uma redução nos custos associados, conforme revelado por estudos recentes na área.

O professor Associado da Universidade de Murdoch, Manicham Minakshi Sundaram, do Centro de Água, Energia e Resíduos do Instituto Harry Butler, desenvolveu com sucesso um novo mecanismo associado a materiais de eletrodos e eletrólitos, entregando uma alternativa às dispendiosas e pouco práticas tecnologias de armazenamento de energia do passado e presente.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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