Além de energia eólica, outras inovações em fontes renováveis foram expostas durante Show Rural Coopavel 2022
Nunca se investiu e consumiu tanta energia de fontes renováveis, como a energia eólica, como atualmente. No último ano, o aumento dos valores nas contas de energia passou de 30% no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), o que incentiva ainda mais a discussão acerca de fontes renováveis.
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No Show Rural Coopavel 2022, as inovações em energias renováveis se destacam entre expositores, como o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), por meio do projeto RenovaPR, que estimula a geração distribuída (GD) de energia a partir de fontes renováveis em unidades rurais paranaenses. No total, foram 150 m² destinados à exposição de energia eólica e de outras fontes renováveis, como solar, biogás e biometano.
O RenovaPR, parceria entre o IDR e a Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná), dispõe de meios que podem diminuir em até 95% as despesas com energia. Até o momento, mais de 1.600 projetos foram atendidos pelo IDR Paraná, com montante de R$ 275,3 milhões. Ao todo, o programa conta com 431 companhias cadastradas em propostas de energia solar e 15 em biogás/biometano.
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Fontes renováveis em destaque
Segundo o texto original de Dirk Lopes para o Canal Rural, um dos destaques no espaço do Show Rural é o produtor de energia eólica Hotek, tecnologia totalmente paranaense que deve ocupar o mercado de equipamentos de porte médio. O Gerador Eólico Hotek possui 23 m de altura e tem capacidade de produzir 24h por dia, podendo ser usado no meio rural ou urbano. Além disso, o gerador de energia eólica utiliza duto aerodinâmico, e não pás.
Outro equipamento que merece destaque é o gerador elétrico, que começa a produção de energia eólica com menos de 1 m/s de vento, performance ótima em relação a produtos que já estão no mercado, que iniciam a partir de 3,5 m/s de vento. Ele funciona tanto conectado à rede de energia de GD quanto off-line, tendo capacidade de sustentar conjuntos de baterias que permitem independência energética a um empreendimento.
O gerador de energia eólica Hotek está instalado no ambiente do RenovaPR para a etapa de experiências e medições de produção de energia para a testagem em campo e certificação final do produto. Depois do processo, a empresa responsável e o equipamento serão cadastrados no RenovaPR e utilizados como opção aos produtores e agroindústrias.
Iluminação noturna
Para além das energias renováveis, o Show Rural também apresenta, através do Grupo Fienile junto ao Parque Tecnológico de Itaipu, a Tecnologia Irriluce: iluminação artificial para a lavoura, que já está presente em diversos estados, como MG, BA, SC e RS. Vilmar Steffanello, produtor de trigo que utiliza há mais de um ano a tecnologia Irriluce, afirma que teve mais de 50% de crescimento da produção na última safra.
Pela primeira vez em Santa Catarina, houve uma segunda safra de lúpulo no mesmo ano, devido à suplementação luminosa na lavoura. O estudo está sendo feito por Hyan de Cásio Pierezan, mestrando assistido pela Universidade do Estado de Santa Catarina.
A inovação usa módulos de led justapostos ao pivô, para potencializar a luz e complementar o processo fotossintetizante das plantas ao longo da noite, o que gera incontáveis benefícios.
Gustavo Grossi, CEO do Grupo Fienile destaca que esta é uma excelente forma de divulgar o trabalho da companhia. Devido aos resultados atingidos pela tecnologia, ele explica que o trabalho não corresponde apenas à luz, e que sem nutrição de solo, recuperação de estruturas, manejo ligado a tecnologias de remineralização, a inovação não é funcional. “Não é somente investir na Tecnologia Irriluce […] É preciso estar disposto a contribuir com a pesquisa, receber pesquisadores na sua propriedade para avaliar o desenvolvimento do projeto pelo menos nos três primeiros anos”, afirma ele.
O diretor de Pesquisas do Grupo Fienile, Ernane Lemes, discute sobre os resultados obtidos até o momento: “A Suplementação Luminosa é um coroamento de um trabalho em conjunto, que começa com uma consultoria com cada produtor para entender o que a área dele apresenta de possíveis fatores limitantes e o que é possível melhorar em termos de manejo, estrutura do solo, química do solo, nutrição para a planta. Não adiantaria posicionar a luz se a planta não tiver condições de extrair nutrientes, extrair água para se desenvolver”.
A presença do Grupo Fienile é indispensável para corrigir percepções errôneas quanto ao projeto. “A importância de estarmos no evento é posicionarmos uma ideia correta do projeto e atender aqueles participantes, aqueles produtores que têm interesse na tecnologia, para fazer além da comercialização e venda do projeto, o posicionamento do projeto que vai além da luz, mas que coroa com a implementação da suplementação luminosa”, finaliza Ernane.