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Geração distribuída: empresa Copel aprova instalação de sistemas de autogeração no Paraná

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 11/02/2022 às 20:00
geração distribuída, Copel, Paraná
Foto: Reprodução Google Imagens (via Paraná Energia)

Paraná incentiva a geração distribuída desde 2021, com lançamento do RenovaPR. Agora, com autorização da Copel, unidades agrícolas serão beneficiadas com autoprodução de energia.

Segundo a Agência Estadual de Notícias, em anúncio no Show Rural de Cascavel, no Paraná, em que um dos assuntos mais discutidos foi geração distribuída, Copel autorizou a instalação de modelos de autogeração. A partir disso, os clientes da empresa podem instalar sistemas de captação solar que possibilitam o armazenamento de energia. A decisão contribui, principalmente, para unidades de produção rural sensíveis à ausência de energia que requerem cargas baixas, como a piscicultura e a fumicultura.

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O cliente que tem posse de uma central geradora e a liga na rede de geração distribuída poderá utilizar a energia conforme demanda. O que permite o armazenamento de energia é o chamado inversor híbrido, formado por baterias adaptadas, que foi aprovado recentemente pelo Inmetro, depois de anos de pesquisas que garantissem a segurança.

O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná) pensa em incluir os gastos de instauração do modelo com o inversor híbrido nos financiamentos permitidos pelo programa RenovaPR. De acordo com cada situação, o valor do sistema pode aumentar de 20% a 80% em comparação ao inversor comum.

O RenovaPR incentiva a geração distribuída de energia elétrica no campo. O programa do Paraná patrocina projetos de energia renovável para agricultores, ajudando na competitividade das ações. Desde o ano passado, mais de 1.600 projetos de geração distribuída em campos foram aprovados no estado.

Daniel Slaviero, presidente da Copel, diz: “O RenovaPR é uma iniciativa muito importante para o agronegócio e a Copel está dando apoio à geração distribuída. E isso traz duas importantes mensagens. Primeiro que o governo Ratinho Junior é um só, com diretriz única e objetivo de facilitar a vida das pessoas. A segunda grande mensagem é acabar com a ‘lenda urbana’ que a Copel é contra geração distribuída. Baixar a conta de energia é bom para todos, ajuda a todos.”

“É uma visão moderna fazer sistemas próprios que vão se interligar com o sistema trifásico da Copel. Hoje temos ambiente regulatório favorável a esta interação. Eu não conheço outra capacidade instalada no Brasil que seja tão competente e competitiva como o agro, e para crescer tem que ter energia”, afirma Norberto Ortigara, secretário de Agricultura e Abastecimento. “A parceria com a Copel é importantíssima porque a companhia tem expertise em energia e nós temos a sensibilidade para o uso e as carências no meio rural. Por isso estamos somando forças para levar esta condição aos nossos agricultores”, ele ainda completa.

Geração distribuída e autoprodução no Paraná

Hoje, há no Paraná 77.635 clientes que produzem sua energia e estão ligados à rede Copel através da geração distribuída. 99,75% dos acessantes são de energia solar, enquanto há 126 unidades com fonte de biomassa, 27 hidráulicas e 7 eólicas.

Boa parte dessas conexões estão em cidades a Oeste e Sudoeste do Paraná, que são regiões com muita incidência de raios solares. Em Foz do Iguaçu, por exemplo, há 4.531 centrais solares, equivalente a 5,83% de todas as conexões do estado. Outros municípios destaque no Paraná são: Toledo, com 2.816 conexões, Cascavel (2.566), Marechal Cândido Rondon (1.735), Palotina (1.736) e Francisco Beltrão (1.131).

Como funciona a geração distribuída

Nesse modelo, o consumidor produz a energia que consome a partir de uma fonte renovável. O sistema é conectado exatamente na rede de distribuição. Caso seja produzido mais que consumido, a diferença é transformada em créditos que podem ser utilizados para descontar o valor na conta de luz, em até 5 anos.

Para realizar a autoprodução e obter compensação na conta de energia, há alguns passos a serem seguidos:

  1. Conhecer as próprias necessidades – Para isso, deve-se contar com auxílio de um responsável técnico para compreender e dimensionar suas demandas;
  2. Preparar a infraestrutura – Escolher modelo e fonte de energia, investir na central geradora;
  3. Requerer conexão à rede da Copel – Solicitar o acesso para a Copel de dois modos: se o sistema for de microgeração (75kW), deve-se fazer a solicitação pelo site do Projeto Elétrico Web (www.copel.com/pewweb). Se o sistema tiver de 75kW a 5MW, a solicitação será no Conexão de Acessantes Web (www.copel.com/caw).
  4. Conexão à rede – Será possível gerar energia logo após a confirmação da Copel acerca da documentação.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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