Com investimento de R$ 30 milhões, Amazonas dá início ao projeto para construção de usina a gás natural para abastecer porto em Manaus com energia limpa e reduzir emissões.
O estado do Amazonas deu início, na quarta-feira (2), ao projeto para à construção de uma usina a gás natural voltada exclusivamente para operações portuárias em Manaus com a assinatura do contrato. O projeto, fruto de uma parceria entre o governo estadual e a empresa Super Terminais, promete modernizar a logística regional com foco em energia limpa e sustentável.
A usina receberá investimentos de R$ 30 milhões e será a primeira do tipo no Norte do Brasil, com previsão de entrega em 12 meses.
A cerimônia de assinatura do contrato foi realizada na sede da Super Terminais, na Zona Sul da capital, com a presença do governador Wilson Lima (União Brasil). O objetivo é substituir o uso de diesel por gás natural, reduzindo emissões e custos operacionais no porto.
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Usina abastecerá guindastes elétricos com gás natural
A usina fornecerá energia elétrica para alimentar dez guindastes Konecranes no terminal portuário. Os três primeiros equipamentos devem chegar em julho de 2026.
Esses guindastes são os primeiros modelos elétricos do mundo, e oferecem alta eficiência energética e menor impacto ambiental.
O abastecimento será feito por tubulações subterrâneas, eliminando a necessidade de transporte rodoviário de combustível e contribuindo para o alívio do tráfego urbano.
Estima-se que o novo sistema evite a emissão de cerca de 17 mil toneladas de CO² por ano, tornando as operações portuárias mais sustentáveis.
Gasoduto e infraestrutura reforçam matriz energética limpa
O projeto inclui a construção de 3,5 quilômetros de gasoduto, com capacidade para fornecer até 12 mil metros cúbicos de gás natural por dia.
Essa infraestrutura permitirá o abastecimento contínuo da nova usina, reforçando a meta de redução de impactos ambientais e promovendo segurança energética.
Com a iniciativa, o Amazonas busca se consolidar como referência na transição energética, alinhando-se às diretrizes ambientais globais.
A usina será uma peça-chave nesse avanço, além de fortalecer a infraestrutura logística da região.
Governo investe em gás natural como matriz econômica
O projeto integra a estratégia do Governo do Amazonas de consolidar o gás natural como parte da matriz econômica do estado.
Um dos principais empreendimentos é o Complexo Azulão 950, localizado em Silves, que está recebendo R$ 5,8 bilhões em investimentos da empresa Eneva.
Lá estão sendo construídas três usinas termelétricas, com capacidade para abastecer 3,7 milhões de residências.
Durante o pico das obras, o complexo deve gerar mais de 5 mil empregos, com conclusão prevista entre o final de 2026 e início de 2027.
Hoje, o estado já conta com uma rede de 335 quilômetros de gasodutos, que atende mais de 25 mil consumidores em sete municípios.
No setor industrial, o gás natural se destaca por ser mais econômico e limpo. Comparado ao diesel, pode gerar uma economia de até 47%, e quando comparado ao GLP (gás de cozinha), a redução chega a 54%. Isso torna a matriz uma alternativa estratégica para indústrias que buscam eficiência e compromisso ambiental.
Além disso, a ampliação da infraestrutura de gás natural impulsiona o desenvolvimento regional e fortalece a segurança energética, fator essencial para atrair novos investimentos ao estado.