A diferença é que a multinacional Nissan trata o ocorrido como uma suspensão, e não um encerramento definitivo da produção no Brasil, como a Ford
Após a saída da montadora Ford do Brasil e a paralisação da Chevrolet, Honda, Audi (Volkswagen), Scania, Volvo e Mercedes-Benz, chegou a vez da japonesa Nissan suspender a produção de veículos e indústria automotiva pode entrar em colapso no país. Após a Ford sair do Brasil e interromper produção de carros na Bahia, Camaçari vive o ‘desmanche’ de fábricas e 7,5 mil pessoas devem perder seus empregos
Leia também
- Após a saída da Ford do país, as multinacionais Honda e Chevrolet paralisam produção de veículos no Brasil
- Multinacionais Scania, Volvo e Mercedes-Benz também paralisam fabricação de veículos no Brasil
- Multinacional Bosch traz fabricação dos EUA para Curitiba
- Audi que pertence ao Grupo Volkswagen, anunciou interromper sua linha de montagem de veículos no Brasil
A suspensão da produção de veículos no Brasil da fábrica da Nissan deve-se pelo agravamento da pandemia do coronavírus. A informação foi divulgada na última quinta-feira (25).
A medida afeta a planta da montadora em Resende, no Rio de Janeiro. A produção será interrompida entre os dias 26 de março e 9 de abril. As atividades seriam retomadas na segunda-feira seguinte, dia 12.
- Vale revoluciona o mercado! Gigante brasileira anuncia construção da maior fábrica de cimento sustentável do planeta, transformando rejeitos de mineração em inovação ambiental
- A maior fazenda vertical urbana da América Latina fica no Brasil! Conheça a Pink Farms e veja como ela está mudando a produção de alimentos
- Rio de Janeiro recebe nova fábrica de vidros com investimento de R$ 100 milhões! Projeto sustentável usará 70% de reciclados e promete criar 2.500 empregos
- O megaprojeto The Line: A cidade linear que promete revolucionar o futuro no deserto saudita
De acordo com a multinacional Nissan, a iniciativa foi tomada “Buscando garantir a segurança de seus funcionários como parte do esforço de reduzir o impacto da pandemia, adaptar a empresa ao cenário atual dos desafios enfrentados pelo setor automotivo e garantir a continuidade do negócio, a Nissan decidiu adotar férias coletivas em seu Complexo Industrial de Resende de 26 de março a 9 de abril. Com isso, a produção será retomada no dia 12 de abril”, diz a empresa.
A Nissan é a sétima montadora a paralisar a produção no país por causa da piora da pandemia, junto com a Chevrolet, Honda, Audi (Volkswagen), Scania, Volvo e Mercedes-Benz.
A Mercedes-Benz determinou que as fábricas de São Bernardo do Campo (SP) e Juiz de Fora (MG) devem suspender a produção entre 26 de março e 5 de abril.
A Volkswagen anunciou no dia 19 de março que suspenderia a produção de veículos no Brasil entre os dias 24 de março e 4 de abril. São quatro fábricas afetadas: São Bernardo do Campo (SP), Taubaté (SP), São Carlos (SP) e São José dos Pinhais (PR). A montadora alemã disse que seriam mantidas apenas atividades essenciais nas fábricas e os funcionários das áreas administrativas seguiriam em trabalho remoto.
Na última sexta-feira a Volvo comunicou que até o fim deste mês iria reduzir drasticamente a produção da fábrica de Curitiba, no Paraná, também por falta de peças e do agravamento da pandemia.
Já a Scania vai parar a produção em São Bernardo do Campo a partir do dia 26 de março, com retorno previsto para 5 de abril. A empresa lembra que foi primeira montadora a retornar ao trabalho em abril de 2020, no início da pandemia, com o “sistema de produção adaptado aos mais rigorosos protocolos de saúde e higiene sanitária”.
A multinacional Honda decretou a paralisação do trabalho de sua fábrica em Sumaré (SP) nos primeiros 10 dias de março.
Chevrolet teve de interromper as atividades da sua linha de montagem de Gravataí (RS), onde se produz o Chevrolet Onix, e ficará por pelo menos um mês com a produção suspensa — a retomada ainda tem data incerta.
Honda e Chevrolet enfrentam problemas semelhantes devido a escassez da oferta de componentes elétricos disponíveis no mercado global, as indústrias que dependem dessas matérias-primas para fabricarem seus produtos não conseguem mais dar conta de produzirem suas mercadorias em quantidade suficiente.