Localizada no coração da Amazônia, o maior polo industrial de motos da Honda na Amazônia é a espinha dorsal da indústria de duas rodas no Brasil, responsável pelo sucesso da icônica CG 160.
No meio do Polo Industrial de Manaus (PIM), no Amazonas, opera uma verdadeira cidade. É a fábrica da Moto Honda da Amazônia, o maior polo industrial de motos da Honda fora do Japão. É de lá que saem os veículos de duas rodas que movem o Brasil, incluindo a lendária CG 160, a moto que para milhões de brasileiros é a materialização de um sonho.
A história dessa fábrica, que começou quase por obrigação na década de 70, é a história de um sucesso industrial retumbante. Uma operação que hoje, em 2025, atinge um ritmo de produção impressionante e se prepara para liderar a transição para as motos elétricas no país.
A proibição que forçou a Honda a construir sua fábrica no Brasil em 1976
No início dos anos 70, a Honda já era um sucesso no Brasil com suas motos importadas. O plano original da empresa era construir sua fábrica em Sumaré (SP). No entanto, uma mudança na política nacional alterou todo o cenário. Em 1975, o governo brasileiro proibiu a importação de veículos, forçando a Honda a tomar uma decisão: ou produzia localmente, ou abandonava o mercado.
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A empresa decidiu ficar, mas a localização mudou. Em vez de São Paulo, a Honda escolheu Manaus para se beneficiar dos incentivos fiscais da Zona Franca e abrir o maior polo industrial de motos da Honda. A fábrica foi inaugurada em 4 de novembro de 1976, e a primeira moto a sair de sua linha de produção foi a icônica CG 125, um modelo reforçado para as condições brasileiras.
Uma máquina de produzir motos: o ritmo impressionante da produção
A eficiência da fábrica de Manaus é de classe mundial. Dados de 2024 mostram que a planta opera em um ritmo frenético, com uma nova motocicleta saindo da linha de montagem a cada 19 segundos. Isso equivale a uma produção diária de aproximadamente 5.700 unidades.
Essa capacidade permitiu à fábrica atingir marcos históricos. Em 2023, a produção anual ultrapassou 1,2 milhão de motocicletas. Em outubro de 2024, a Honda celebrou a produção de sua 30-milionésima moto no Brasil, uma CG 160 Titan.
O impacto da CG 160 na vida dos brasileiros
O maior polo industrial de motos da Honda em Manaus é muitas vezes chamada de “Fábrica de Sonhos”. Embora não seja um nome oficial, o apelido captura perfeitamente o impacto sociocultural da empresa. Para milhões de brasileiros, especialmente os de baixa renda, ter uma moto, como a onipresente CG 160, é a realização de um sonho.
A motocicleta representa independência, a ferramenta de trabalho para entregadores e mototaxistas, e a liberdade de ir e vir. Nesse contexto, a fábrica de Manaus é o lugar onde esses sonhos são, literalmente, construídos e montados.
O motor econômico de Manaus: O maior polo industrial de motos da Honda fora do Japão
O complexo da Honda é o epicentro da indústria de duas rodas no Polo Industrial de Manaus. A fábrica emprega diretamente mais de 8.000 pessoas e é responsável por mais de 75% de todas as motocicletas fabricadas na região.
O que torna o maior polo industrial de motos da Honda fora do Japão tão eficiente é seu nível de verticalização. Cerca de 90% das peças de uma moto Honda são produzidas na própria fábrica, desde o chassi e as rodas até partes do motor. Isso dá à empresa um controle total sobre a qualidade e o ritmo da produção.
Novos modelos e a chegada das motos elétricas
Em 2025, a fábrica de Manaus não apenas continua sua produção em massa, mas também se diversifica. A empresa está lançando modelos de maior cilindrada, como a nova NX 500 e a CB 650R, que conta com a inovadora tecnologia de embreagem eletrônica (E-Clutch).
O passo mais importante para o futuro, no entanto, foi anunciado em junho de 2024: a Honda vai desenvolver e produzir motocicletas elétricas em Manaus. A decisão transforma a fábrica de um centro de produção em massa em um polo de tecnologia, garantindo sua importância estratégica para as próximas décadas e para a nova era da mobilidade no Brasil.
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