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Na maior cúpula de líderes do mundo, a OCS colocou dinheiro e gente na mesa: US$ 84 bilhões já investidos pela China nos países-membros e 10.000 vagas no programa educacional Luban

Publicado em 01/09/2025 às 10:11
Na OCS, Xi Jinping defende cooperação em inteligência artificial, rejeita “mentalidade de Guerra Fria” e reforça papel da China como articuladora global.
Na OCS, Xi Jinping defende cooperação em inteligência artificial, rejeita “mentalidade de Guerra Fria” e reforça papel da China como articuladora global.
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Cúpula da OCS em Tianjin reúne mais de 20 líderes; Xi anuncia US$ 84 bi e 10.000 bolsas Luban, defende cooperação em IA e rejeita “Guerra Fria”

Segundo o jornal CNBC, a maior cúpula de líderes do mundo, realizada em Tianjin, na China, reuniu mais de 20 chefes de Estado da Organização para a Cooperação de Xangai (OCS). O encontro terminou com o anúncio de US$ 84 bilhões já investidos pela China nos países-membros e a criação de 10.000 vagas no programa educacional Luban, voltado à formação técnica e profissional. A mensagem do presidente Xi Jinping foi clara: reforçar a cooperação econômica e tecnológica, sobretudo em áreas como inteligência artificial, e rejeitar o que chamou de “mentalidade da Guerra Fria”.

A iniciativa chega em um momento de forte tensão global, com guerra na Ucrânia, crise no Oriente Médio e disputas comerciais entre China e Estados Unidos. A aposta de Pequim é se apresentar como alternativa de liderança global, combinando dinheiro, educação e diplomacia para ampliar sua influência na Eurásia.

O que está em jogo na cúpula da OCS

A Organização para a Cooperação de Xangai é um bloco que reúne China, Rússia, Índia e países da Ásia Central, com foco em segurança, economia e integração regional. Criada no início dos anos 2000, a OCS hoje é vista como um contrapeso à influência dos EUA e da União Europeia em temas estratégicos.

Nesta edição, além de Xi Jinping, participaram líderes como Vladimir Putin (Rússia), Narendra Modi (Índia) e Recep Tayyip Erdogan (Turquia). O encontro ocorreu em meio à pressão das tarifas de 50% impostas pelos EUA e às tensões militares em diferentes partes do mundo. Para Pequim, garantir presença de peso e anunciar medidas concretas fortalece a imagem de país disposto a “construir pontes” em vez de aprofundar divisões.

Investimentos e bolsas: números que chamam atenção

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Segundo dados divulgados pela imprensa chinesa e repercutidos pela CNBC, a China já aportou US$ 84 bilhões nos países-membros da OCS, em projetos que vão de energia a infraestrutura. Além disso, Xi Jinping anunciou 10.000 bolsas do programa Luban, voltadas à capacitação de jovens em áreas técnicas.

Esse pacote educacional é visto como complemento da estratégia de investimentos. Ao formar mão de obra qualificada nos países parceiros, a China amplia sua rede de influência e garante que seus projetos encontrem profissionais já adaptados à lógica tecnológica e produtiva chinesa.

Mensagem contra a “Guerra Fria”

O ponto mais simbólico do discurso de Xi foi a rejeição ao que chamou de “mentalidade da Guerra Fria”. A frase ecoa diretamente as críticas de Pequim ao governo dos EUA, acusado de criar barreiras comerciais e dividir o mundo em blocos políticos. Para a China, o caminho é apostar em cooperação tecnológica, integração regional e desenvolvimento conjunto.

Ao defender a inteligência artificial como área prioritária, Xi tenta posicionar a China não apenas como potência industrial, mas também como referência em inovação, capaz de liderar discussões sobre ética, regulação e uso estratégico da tecnologia.

Impacto para o Brasil e o mundo

Embora não faça parte da OCS, o Brasil acompanha de perto os desdobramentos da cúpula. Como grande exportador de commodities e parceiro comercial da China, qualquer avanço em projetos regionais pode mudar cadeias de investimento e comércio global. Além disso, o alinhamento entre China, Índia e Rússia dentro da OCS cria novas dinâmicas geopolíticas que podem influenciar diretamente debates nos BRICS e em fóruns internacionais.

A maior cúpula de líderes do mundo deixou recados claros: dinheiro, educação e cooperação tecnológica serão as armas de Pequim para consolidar influência e tentar reduzir a dependência das estruturas de poder comandadas pelo Ocidente. O desafio, porém, será transformar promessas em ações concretas em um bloco que reúne países com interesses muitas vezes divergentes.

E você, acha que esses anúncios da China realmente podem mudar o equilíbrio global ou são apenas mais uma jogada de influência? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem vive isso na prática.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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