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Multinacional Ford monta time de cientistas brasileiros para pesquisa de grafeno que pode revolucionar a tecnologia

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 19/10/2022 às 12:29
Multinacional Ford monta time de cientistas brasileiros para pesquisa de grafeno que pode revolucionar a tecnologia
Foto: Ford Media Brasil

A multinacional Ford criou uma equipe com 20 cientistas brasileiros que terá foco exclusivo em avanços na tecnologia de grafeno. O time foi desenvolvido em parceria a UCSGRAPHENE.

A Ford desenvolveu um novo time voltado para a pesquisa do grafeno, material que é considerado o futuro da tecnologia, em seu novo Centro de Desenvolvimento e Tecnologia do Brasil, sediado na Bahia. A atuação da multinacional em busca da tecnologia de grafeno é realizado em parceria com a UCSGRAPHENE, ligada à Universidade de Caxias do Sul, o primeiro ecossistema de inovação voltado à produção de grafeno em escala da América Latina, inaugurada no último ano pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), no Rio Grande do Sul.

Time de pesquisa da multinacional Ford é formado por 20 pessoas

O Grafeno possui propriedades únicas que podem revolucionar diversos produtos, como eletrônicos, componentes automotivos e baterias. Sendo o material mais leve e resistente do mundo, até 200 vezes mais forte que o aço, possui também uma ótima condutibilidade térmica e elétrica. Além disso, torna possível a confecção de camadas muito finas e a união com outros materiais.

O novo time de pesquisa de tecnologia de grafeno da Ford, formado por cerca de 20 pessoas, reforça o papel da engenharia nacional dentro do ecossistema global de inovação da marca, unindo-se a outros projetos já criados na unidade voltados ao futuro da mobilidade. 

Segundo o engenheiro especialista e líder do time no Centro de Desenvolvimento e Tecnologia da Ford Brasil, Rodrigo Polkowski, a multinacional foi a primeira montadora do mundo a utilizar grafeno em veículos e já possui diversas patentes nos EUA. Esse material, está presente atualmente em mais de 5 milhões de veículos, como a F-150, o Mach-E o Mustang, em componentes como cobertura do motor e borrachas, para expansão do aumento da resistência térmica e redução de ruídos.

Detalhes sobre parceria entre a multinacional Ford e a UCS

Segundo Polkowski, o Brasil possui a vantagem de possuir uma das maiores reservas mundiais e de ser, atualmente, o terceiro maior produtor global de grafite, do qual a tecnologia de grafeno é extraída. As principais reservas estão localizadas em Minas Gerais e na Bahia.

O Brasil se desenvolverá nessa pesquisa em parceria com a multinacional Ford, com um potencial enorme de aplicações, como a melhoria da refrigeração de baterias de carros elétricos, revestimentos anticorrosivos, materiais para isolação de ruído e ligas de alumínio reforçado com grafeno.

Atualmente, a empresa já está trabalhando em mais de 10 projetos de aplicação de grafeno no setor de mobilidade. Como parte da parceria fechada entre a Ford e a UCS, a universidade inaugurou, dentro do Seu Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação, o Espaço Ford, desenvolvido para conectar a indústria e o meio acadêmico com o objetivo de fomentar a pesquisa, o empreendedorismo e a tecnologia.

Novos materiais são desenvolvidos no projeto de tecnologia de grafeno

De acordo com o coordenador da UCSGRAPHENE, Diego Piazza, a instituição conta com a experiência conquistada em 18 anos de pesquisa avançada em nanomateriais. A parceria com a multinacional Ford é um momento histórico, tendo em vista que permite a geração de conhecimento conectado a um ecossistema de inovação que pode desenvolver diversas potências.

A Ford também fechou outras parcerias com a Universidade Mackenzie e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para avançar na tecnologia de grafeno.

O Centro de Desenvolvimento e Tecnologia da Ford Brasil é um dos nove da empresa no mundo e possui experiência na pesquisa de materiais, com patentes registradas nos EUA, Brasil, China e Alemanha. Um exemplo é a nova borracha resistente ao biodiesel, reforçada com sílica, obtida a partir das cinzas da casca de arroz, já aplicada na Ranger.

Fonte: FORD Media

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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