Com origem na gigante TVS e estratégia agressiva de preço, modelo quebrou a hegemonia japonesa e já é a 5ª mais vendida do país em 2025
O mercado brasileiro de motocicletas vive uma disrupção histórica em 2025, protagonizada não por uma tradicional montadora japonesa, mas pela Mottu Sport 110i. O modelo, que muitos acreditavam ser mais uma tentativa tímida de entrada no país, consolidou-se como um fenômeno de vendas ao atacar diretamente o segmento mais disputado: o de motos de entrada voltadas para o trabalho. Com a promessa de alta eficiência e baixo custo, ela desafia décadas de liderança estabelecida.
Diferente dos rumores iniciais, a Mottu Sport 110i não tem origem japonesa. Segundo informações da Mobiauto, ela é desenvolvida pela gigante indiana TVS Motor Company, uma das maiores fabricantes do mundo. Essa parceria permitiu à startup brasileira Mottu oferecer um produto robusto com um preço que chocou o mercado: R$ 9.990 à vista no lançamento. Aliado ao consumo declarado de até 65 km/l, o modelo se tornou a ferramenta preferencial para milhares de entregadores, reconfigurando o ranking nacional de vendas.
Engenharia indiana focada no trabalho duro
A estratégia por trás do sucesso da Mottu Sport 110i não se baseia apenas em preço baixo, mas em uma leitura precisa das necessidades do trabalhador brasileiro. O modelo é uma adaptação da TVS Sport 110i, projetada para suportar condições severas de uso. Seu motor de 109,7 cm³ prioriza o torque em baixas rotações, ideal para o “anda e para” das cidades e para enfrentar ladeiras com carga, em detrimento de velocidade final.
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Além da mecânica robusta, o design funcional se destaca. Enquanto concorrentes diretas, como a Honda Pop 110i, oferecem tanques de combustível pequenos (cerca de 4,2 litros), a Mottu Sport 110i chega com um tanque de 10 litros. Para um entregador que roda centenas de quilômetros por dia, isso significa menos paradas para abastecer, traduzindo-se diretamente em mais tempo produtivo e maior lucro ao final do dia.
A verdade sobre os 65 km/l e o custo real
O número mágico de “até 65 km/l” é o grande chamariz de marketing da Mottu Sport 110i. No entanto, testes em condições reais de uso urbano intenso apontam para uma média operacional próxima de 55 km/l. Embora ligeiramente inferior ao número de laboratório, essa marca ainda representa um empate técnico com as rivais mais econômicas do mercado, mantendo o modelo na elite da eficiência energética.
A grande vantagem competitiva, portanto, não é apenas fazer mais quilômetros por litro, mas a combinação dessa eficiência com a autonomia proporcionada pelo tanque maior. O custo total de propriedade se torna imbatível quando somados o preço de aquisição inferior aos R$ 10 mil e a economia gerada pela menor necessidade de manutenção frequente, comprovada durante a fase em que o modelo operava apenas por aluguel.
O fim da hegemonia absoluta no Top 7
O impacto dessa estratégia é mensurável e assustador para as montadoras tradicionais. a Mottu Sport 110i já se posiciona como a 5ª motocicleta mais vendida do Brasil em 2025. Esse feito não é isolado; ele representa uma mudança estrutural no comportamento do consumidor que busca ferramentas de trabalho.
O portal Motonline destaca a magnitude desse feito ao observar que a Sport 110i é a única moto “não Honda” a figurar na lista das sete mais vendidas do ano. Ao quebrar essa hegemonia, a Mottu provou que a fidelidade à marca pode ser superada pela racionalidade econômica, especialmente em um cenário onde o custo de aquisição e operação define a sobrevivência financeira de muitos profissionais autônomos.
Você concorda que o preço e a eficiência estão se tornando mais importantes que a tradição da marca no Brasil? Acredita que essa mudança é definitiva? Deixe sua opinião nos comentários, queremos ouvir sua visão sobre essa revolução no mercado.


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