Projeto Santos AE prevê 1.769 moradias, comércio, serviços e áreas de lazer, transformando o bairro Macuco com a chegada do túnel Santos-Guarujá.
O Governo de São Paulo lançou nesta quinta-feira (4) o edital para a construção do empreendimento Santos AE, que será desenvolvido pela Companhia de Desenvolvimento Urbano e Habitação (CDHU).
O projeto ficará na área de emboque do túnel Santos-Guarujá, no bairro Macuco, e prevê 1.769 unidades habitacionais.
Serão 762 unidades de Habitação de Interesse Social (HIS), destinadas a famílias com renda de até seis salários mínimos, e 1.007 unidades de Habitação de Mercado Popular (HMP), voltadas a famílias com até dez salários mínimos.
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Além disso, o conjunto integrará comércio, serviços e equipamentos públicos.
Integração urbana e impacto local
O secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Branco, destacou que o túnel Santos-Guarujá é aguardado há anos e o Estado busca antecipar as demandas que surgirão.
Segundo ele, o aumento da população residente e flutuante na região exige soluções habitacionais e novos serviços.
Já a diretora de Projetos e Programas da CDHU, Maria Teresa Diniz, afirmou que a proposta reforça o compromisso da companhia com soluções de qualidade que promovem o desenvolvimento do bairro Macuco.
Estrutura e localização
Os prédios serão construídos em três quarteirões próximos às avenidas Siqueira Campos, Senador Dantas e à rua Padre Anchieta.
O terreno, de 30 mil m², pertence à CPTM, e a área construída terá 170 mil m².
O subsecretário de Desenvolvimento Urbano, José Police Neto, lembrou que a obra do túnel vai alterar a dinâmica dos municípios e exigirá adequações na legislação de uso e ocupação do solo.
Ele ressaltou que a Secretaria vai atuar junto às prefeituras para garantir que os impactos positivos sejam aproveitados.
Estudos e diretrizes do empreendimento
A concepção do Santos AE teve como base o Relatório de Impacto Ambiental do túnel e estudos sobre a região.
Foram analisados aspectos sociodemográficos, infraestrutura existente, comércio, transporte coletivo, legislação urbanística e empreendimentos vizinhos.
Os levantamentos apontaram que um projeto de uso misto seria o mais adequado, já que o conceito de fachada ativa é comum em Santos.
A localização, com boa visibilidade e renda do entorno acima da média, favorece a instalação de comércios e serviços.
Comércio e serviços previstos
Os estudos indicam forte potencial para lojas de destino, como academias, mercados, fast-food, laboratórios e pet centers, especialmente nas esquinas das avenidas Senador Dantas e Siqueira Campos.
Nas ruas locais, haverá espaço para outros comércios de menor porte. Portanto, o empreendimento não se limita à habitação, mas cria um novo eixo de serviços e atividades econômicas para a região.
Equipamentos institucionais e sociais
O projeto prevê ainda a implantação de uma unidade da Praça da Cidadania, áreas de esporte e lazer ao ar livre, além de equipamentos de saúde e educação.
Outra iniciativa é a instalação de uma unidade do programa Vida Longa, que acolhe idosos em situação de vulnerabilidade social, mas com autonomia preservada.
Esse modelo oferece até 28 unidades habitacionais com acompanhamento de equipes de assistência social.
O imóvel permanece sob responsabilidade pública, e os moradores podem ser substituídos conforme suas condições mudem.
Estrutura corporativa e de lazer
O empreendimento contará também com lajes corporativas para sedes de órgãos públicos, restaurante no terraço com vista para o mar e auditório.
Nos espaços abertos, a proposta inclui quadra poliesportiva, pista de skate, playground, áreas de convivência e uma minifloresta urbana, que será implantada em parceria com a ONG Formigas de Embaúba. Além disso, a presença desses equipamentos deve reforçar o caráter público e coletivo do projeto.
O Governo de São Paulo busca, com o Santos AE, associar a construção do túnel à revitalização urbana do entorno.