OMS e Ministério da Saúde desmentem boatos: não há evidências científicas ligando o uso de paracetamol durante a gravidez ao autismo.
O Ministério da Saúde confirmou nesta terça-feira (23/09/2025) que o paracetamol é seguro, eficaz e não tem qualquer relação com casos de autismo.
A declaração oficial foi publicada após o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar sem provas que o uso do medicamento durante a gravidez poderia causar o transtorno.
A nota foi divulgada em Brasília e contou ainda com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de agências regulatórias da União Europeia e do Reino Unido.
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Segundo a pasta, a divulgação de informações falsas sobre medicamentos pode trazer sérios riscos para a saúde pública, principalmente para gestantes que dependem do paracetamol para o tratamento de dor e febre.
O órgão ressaltou que a circulação de notícias enganosas pode levar mães a evitarem tratamentos necessários, colocando em risco tanto a própria saúde quanto a dos bebês.
Ministério da Saúde alerta sobre riscos da desinformação
Na nota oficial, o Ministério da Saúde destacou que “a saúde não pode ser alvo de atos irresponsáveis”.
A pasta relembrou os efeitos devastadores da desinformação durante a pandemia de Covid-19, que contribuiu para a perda de mais de 700 mil vidas no Brasil.
A publicação ressaltou ainda que declarações como a feita por Trump não apenas espalham pânico entre gestantes, mas também reforçam preconceitos contra pessoas que vivem com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e suas famílias.
O que dizem os especialistas sobre o paracetamol na gravidez
O paracetamol é um dos medicamentos mais utilizados em todo o mundo para controle de dor e febre.
Ele é classificado como seguro pela OMS quando usado de acordo com as recomendações médicas, inclusive durante a gravidez.
De acordo com o Ministério da Saúde, o autismo é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por padrões de comportamento repetitivos, dificuldades de comunicação e interação social.
Não há, portanto, nenhuma evidência científica que associe o uso de paracetamol na gestação ao desenvolvimento do TEA.
OMS e agências internacionais reforçam posicionamento
A Organização Mundial da Saúde e as autoridades de saúde da Europa e do Reino Unido também desmentiram as alegações de Trump.
As instituições destacaram que não existe base científica para vincular o uso de paracetamol ao autismo.
Segundo especialistas, o maior perigo está no impacto social dessas declarações. Ao levantar suspeitas infundadas, líderes políticos acabam reduzindo a confiança da população em tratamentos e medicamentos essenciais.
Desinformação e seus impactos no Brasil
O Ministério da Saúde reforçou que continua trabalhando para reverter os danos causados pelo negacionismo e pela disseminação de fake news no país.
Um dos principais efeitos foi a queda na confiança da população em relação às vacinas, cenário preocupante em um país que já foi referência mundial em imunização.
Nesse contexto, o governo busca resgatar a credibilidade das políticas de saúde pública e reafirmar a importância de seguir apenas informações validadas por especialistas e instituições científicas.