O CEO da mineradora diz que a empresa planeja elevar a capacidade de produção anual, no estado da Bahia, para 230 mil onças até o segundo semestre de 2023
Na última sexta-feira (30/07), o CEO global da mineradora canadense Yamana Gold, Peter Marrone, disse que a empresa concluiu testes em seu complexo de minas de ouro Jacobina, na Bahia, cujos resultados superaram expectativas para um planejado aumento de produção nos próximos anos, com menores custos. O executivo diz que a mineradora planeja elevar a capacidade de produção anual a 230 mil onças até o segundo semestre de 2023, ante as cerca de 180 mil onças produzidos atualmente, como parte da segunda etapa de sua expansão. Veja ainda: Mineradora descobre na Bahia uma nova área com potencial significativo para exploração do níquel sulfetado
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Redução dos investimentos e maior capacidade de produção
Após os testes, a mineradora pôde reduzir em até 70% os investimentos previstos para a ampliação entre 2021 e 2023, para o intervalo entre 15 milhões e 20 milhões de dólares, ante 57 milhões de dólares previstos anteriormente. Grande parte dos investimentos no estado da Bahia será empenhada em 2022.
O corte de custos foi possível após os testes mostrarem que a planta de processamento do ativo pode atingir com segurança uma taxa de produção diária de mais de 8,5 mil toneladas por dia, tornando-se desnecessária a construção de uma nova planta conforme havia sido planejado pela mineradora.
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Grande mineradora de ouro no Brasil
A Yamana, que atualmente é a terceira maior mineradora de ouro do Brasil, perdendo apenas para a Kinross e a AngloGold Ashanti, segundo dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), já realizou ampliação importante de suas atividades no Brasil nos últimos anos.
Em 2014, a mineradora Yamana lançou uma importante iniciativa para desbloquear potencial das minas – desde então, a produção de ouro mais que dobrou de 75 mil onças, em 2014, para 177 mil onças, em 2020, frisou Marrone. A expectativa para este ano é produzir 180 mil onças.
No segundo trimestre deste ano, a mina de Jacobina produziu 7,2 mil toneladas por dia, um aumento de 5% ante o trimestre anterior, informou a companhia ao mercado. Marrone destacou ainda que foram atingidos fortes resultados de exploração para apoiar o plano de expansão, nas seguintes minas que compõem o complexo Jacobina: João Belo, Canavieiras e Morro do Vento.
Confira ainda esta notícia: 600 empregos devem ser gerados por mineradora que investirá R$ 859,4 milhões para a produção de lítio de alta pureza em Minas Gerais
A mineradora Sigma Lithium irá realizar investimentos de R$ 859,4 milhões para produzir lítio de alta pureza na divisa entre Araçuaí e Itinga, no Vale do Jequitinhonha, norte de Minas Gerais. A companhia deu início no mês de junho às obras de terraplenagem da planta de produção e beneficiamento na Grota do Cirilo, em Itinga. Esta será a primeira planta do gênero no país e a expectativa é concluir as obras em 2022, quando iniciará a produção de 220 mil toneladas por ano de concentrado de lítio.
Durante a obra da mineradora no estado de Minas Gerais, cerca de 400 empregos poderão ser gerados, chegando a 6 mil postos de trabalho indiretos, segundo a empresa. A Sigma ainda diz que a operação será 100% digitalizada e automatizada eletronicamente, controlada por um algoritmo. Foram adotadas tecnologias sustentáveis, como recirculação de 100% da água, empilhamento a seco de 100% dos rejeitos (sem uso de barragens) e utilização de 100% de energia renovável.
Ana Cabral explica que os investimentos se justificam. O lítio entregue purificado e certificado estaria na faixa de US$ 750 a US$ 800 a tonelada. Atualmente, a produção global está concentrada no Chile e na Austrália. É um produto altamente especializado, usado por setores como tecnologia da informação, automotivo e energias renováveis.