Com investimento bilionário, Microsoft quer transformar excrementos e resíduos orgânicos em solução climática com potencial para diversas indústrias
A Microsoft deu mais um passo ousado em sua estratégia de sustentabilidade. A empresa firmou uma parceria com a startup Vaulted Deep para investir em uma solução inédita de sequestro de carbono baseada no uso de excrementos e resíduos orgânicos. O acordo pode ultrapassar US$ 1,7 bilhão ao longo dos próximos 12 anos.
Tecnologia enterra resíduos e evita emissão de gases
Diferente das soluções tradicionais, que retiram o dióxido de carbono diretamente da atmosfera, a tecnologia da Vaulted Deep usa resíduos descartados, como dejetos animais, esgoto e subprodutos agrícolas.
Esses materiais são transformados em uma pasta espessa e injetados no subsolo, a cerca de 1,5 km de profundidade.
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Segundo a CEO da Vaulted Deep, Julia Reichelstein, esse método impede que os resíduos se decomponham na superfície, processo que liberaria CO₂ e metano.
Além de evitar emissões, o sistema ajuda a preservar a água potável, já que impede a contaminação por microrganismos.
Data centers exigem novas soluções sustentáveis
A iniciativa faz parte do esforço da Microsoft para equilibrar os impactos ambientais causados por data centers, que consomem grandes volumes de energia.
Muitos desses centros ainda são alimentados por fontes poluentes, como combustíveis fósseis.
Essa preocupação ambiental não é exclusiva da Microsoft. A empresa já havia anunciado em abril um acordo com a AtmosClear para capturar 6,75 milhões de toneladas de dióxido de carbono.
Grandes companhias como Google, Amazon e Oracle também estão buscando alternativas sustentáveis, como reatores nucleares compactos.
O tema ganhou destaque após a empresa xAI, de Elon Musk, enfrentar ações judiciais em Memphis (EUA), acusada de esconder o uso de geradores poluentes no supercomputador Colossus.
Investimento bilionário com projeção de queda nos custos
A estimativa é que o contrato com a Vaulted Deep ultrapasse US$ 1 bilhão, embora os números oficiais não tenham sido divulgados.
Reichelstein afirmou que os custos da tecnologia devem cair nos próximos anos, conforme a solução evolui e ganha escala.
A tendência é que, diante das novas regras climáticas e da pressão dos consumidores por práticas mais sustentáveis, acordos como esse se tornem padrão na indústria.
A Microsoft se mostra disposta a liderar esse movimento, mesmo que isso exija investimentos expressivos.
Modelo pode se espalhar além do setor de tecnologia
O projeto chama atenção não só por seu valor, mas também pelo potencial de influenciar outras áreas. Agricultores, empresas de saneamento e até administrações públicas já demonstraram interesse em aplicar o modelo.
A expectativa é que a iniciativa gere resultados concretos na redução de emissões. Mas o impacto vai além: pode estabelecer um novo caminho para enfrentar a crise climática com soluções reais e práticas.
Essa aposta da Microsoft mostra uma postura clara diante dos desafios ambientais, e pode inaugurar uma nova fase na relação entre tecnologia, meio ambiente e responsabilidade corporativa.
Com informações de Adrenaline.