Os metalúrgicos da GM em São Paulo reivindicam reajuste salarial, correção do piso salarial, vale-alimentação, participação nos resultados e adiantamento de 13º salário
Na manhã de ontem, quarta-feira (13/10), trabalhadores metalúrgicos da General Motors, na fábrica em São Caetano do Sul, no estado de São Paulo, decidiram pela continuidade da greve por salário e direitos. A paralisação teve início em 1ª de outubro. Por unanimidade, a categoria rejeitou a contraproposta apresentada pela montadora ao sindicato, na sexta-feira (9). Com isso, a paralisação na GM chegou ao décimo terceiro dia. Leia ainda esta notícia: Fábrica da General Motors, em São Paulo, passará por modernização. A GM aproveitou o momento de falta de semicondutores para realizar a obra
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Greve dos metalúrgicos e reivindicações
O dissídio coletivo foi apresentado pela GM na semana passada. A montadora queria que a paralisação fosse considerada abusiva – quando isso acontece, os grevistas podem ter os salários descontados, por exemplo. Dos três pontos de divergência entre o sindicato e a GM, dois foram concedidos conforme queriam os metalúrgicos.
A Justiça do Trabalho determinou a manutenção da cláusula que garante a estabilidade de emprego para os funcionários com doenças ocupacionais –aquelas com ligação ao trabalho, como lesões por esforços repetitivos. O desconto anual da contribuição ao sindicato também foi mantido. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, diz que a decisão da Justiça será levada a uma assembleia hoje, quinta-feira (14/09), de manhã.
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Os metalúrgicos recusaram a proposta da GM
Nesta quarta-feira (13) de manhã, os trabalhadores da GM em São Caetano recusaram proposta de acordo parcial fechada entre o sindicato e a empresa em audiência na Justiça do Trabalho na sexta (8). A decisão contrária ao acordo foi tomada em assembleia realizada no início da manhã na porta da fábrica.
Essa proposta da GM estabelecia dez pontos de negociação considerados consensuais, como o reajuste de 10,42% para os salários e também para o piso da categoria, a refeição no restaurante da empresa e o vale-transporte. O índice refere-se ao INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado até 31 de agosto de deste ano.
O acordo parcial também fixava em um ano a duração das cláusulas sociais e econômicas, além de estabelecer a antecipação do 13º de 2022 para fevereiro do próximo ano e o retorno de uma regra de progressão salarial. Esses pontos foram homologados pela Justiça do Trabalho no julgamento desta quarta. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, a discordância em relação à cláusula que garante a estabilidade foi a mais importante para a decisão de recusar o acordo parcial.
Confira ainda esta notícia: GM retomará segundo turno de fábrica em São Paulo e Rio Grande do Sul para produção de Tracker e Onix
A General Motors retomou a produção normal de veículos na fábrica de São Caetano do Sul, em São Paulo, na segunda-feira, 27 de setembro, e em Gravataí, no Rio Grande do Sul, no dia 4 de outubro, com o retorno do segundo turno de trabalho nas duas unidades. Com isso, a empresa espera recuperar ao menos, parte dos cerca de 200 mil veículos que deixou de produzir no período em que as unidades ficaram fechadas por falta de semicondutores.
Em março deste ano, a GM havia paralisado suas produções nas fábricas do Brasil por conta da crise dos semicondutores, já que os modelos Onix possuem mais que o dobro destes componentes em comparação aos concorrentes da mesma categoria. Santiago Chamorro, presidente da GM América do Sul diz que este é um momento muito importante para funcionários, sindicatos, fornecedores, concessionários e consumidores. A empresa possui uma grande expectativa de que com a retomada de produção nas fábricas do Brasil após a crise de semicondutores, a montadora retome ao ritmo positivo que teve no começo do ano.