Com produção anual entre 40 mil e 50 mil toneladas, Brasil se destaca pela qualidade e pureza do mel exportado, com forte presença nos mercados dos Estados Unidos, Alemanha e Canadá
A produção de mel no Brasil vive um momento de expansão e consolidação no cenário internacional. O país figura entre os dez maiores produtores do mundo, com média anual entre 40 mil e 50 mil toneladas, segundo dados da Embrapa e do IBGE.
A combinação de clima favorável, vasta diversidade vegetal e técnicas modernas de manejo tem impulsionado o crescimento do setor, que também desempenha papel fundamental na preservação ambiental.
O destaque nacional fica por conta do Nordeste, responsável por cerca de 40% da produção brasileira, com estados como Ceará, Piauí e Bahia liderando o ranking. As condições climáticas semiáridas e a presença de plantas nativas melíferas favorecem a atividade.
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No Sul, regiões tradicionais como Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul respondem por aproximadamente 30% do total produzido, enquanto o Sudeste, com Minas Gerais e São Paulo à frente, cresce em produção orgânica e certificada.
Mais da metade do mel produzido no Brasil cruza as fronteiras. Estados Unidos, Alemanha e Canadá figuram entre os principais compradores e reconhecem a qualidade e a pureza do produto brasileiro, frequentemente livre de agrotóxicos e cultivado em sistemas sustentáveis.
Além do impacto econômico, a apicultura nacional tem importância ambiental decisiva. As abelhas são responsáveis por cerca de 70% da polinização das plantas cultivadas, contribuindo diretamente para a produtividade agrícola e a preservação da biodiversidade.
Apesar dos avanços, o setor ainda enfrenta desafios. Mudanças climáticas que afetam a floração, o uso de agrotóxicos que ameaça as populações de abelhas e a necessidade de maior apoio técnico aos pequenos produtores são obstáculos a superar. Ainda assim, a produção de mel brasileira se consolida como exemplo de atividade sustentável e de alto potencial no mercado global.