Maior obra hídrica da América Latina avança com parcerias público-privadas, expansão de infraestrutura e novas estratégias de gestão no Projeto de Integração do Rio São Francisco para assegurar desenvolvimento sustentável da região
O Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), a maior obra de infraestrutura hídrica da América Latina, segue avançando em 2025, consolidando-se como uma solução crucial para a escassez de água no semiárido nordestino. A iniciativa já impacta mais de 12 milhões de pessoas em Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, abrangendo cerca de 390 municípios e garantindo segurança hídrica para consumo humano, irrigação e desenvolvimento industrial.
Parcerias público-privadas e gestão eficiente do Rio São Francisco
Com o objetivo de aprimorar a operação e manutenção do projeto, o governo federal, em conjunto com os estados beneficiados, está implementando um modelo de Parceria Público-Privada (PPP). Esse formato busca otimizar a gestão dos recursos hídricos e assegurar a sustentabilidade financeira do empreendimento.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) anunciou que a consulta pública sobre o novo modelo de gestão foi prorrogada até 21 de março de 2025 para ampliar a participação da sociedade no processo do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF). A expectativa é que a concessão da operação da transposição para a iniciativa privada garanta eficiência e ampliação dos serviços prestados aos estados nordestinos.
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Impactos econômicos e sociais da transposição
A transposição do Rio São Francisco trouxe mudanças significativas para a região:
- Maior oferta de água: Aumento na disponibilidade hídrica para abastecimento humano e produção agrícola, reduzindo os impactos das secas prolongadas.
- Expansão da agricultura irrigada: O projeto impulsionou o crescimento da fruticultura e da produção de grãos no semiárido, tornando a região mais competitiva no agronegócio.
- Geração de empregos: Desde o início das obras, foram criados cerca de 10 mil postos de trabalho diretos e indiretos, estimulando a economia local.
No entanto, desafios como o custo da energia elétrica para bombeamento da água e a necessidade de manutenção contínua dos canais ainda são pontos de atenção, conforme apontam estudos do Instituto Nacional do Semiárido (INSA).
Avanço das obras complementares
Além dos eixos principais da transposição do Rio São Francisco, obras complementares, como o Cinturão das Águas do Ceará (CAC), continuam em andamento. O CAC distribui as águas do São Francisco para diversas bacias hidrográficas do estado, ampliando o alcance do projeto.
Outro destaque é a construção do Canal do Sertão Alagoano, que promete levar água a centenas de comunidades rurais em Alagoas. A previsão é que esse canal beneficie mais de 1 milhão de pessoas até sua conclusão total.