Mecânico instalou um motor da Tesla em um Chevrolet Impala. Agora o veículo conta com mais de 550 cavalos e com uma autonomia de 200 km, mas continua com todos os elementos estruturais.
Os fanáticos por veículos clássicos, geralmente, não se agradam tanto com os carros elétricos. Já os fãs de veículos elétricos costumam odiar os clássicos, devido aos seus motores poluentes. Entretanto, o mecânico sueco Jan Karlander parece ter encontrado uma forma para equilibrar esses dois tipos de veículos. O mecânico, ao lado de um amigo, instalou um motor da Tesla em um Chevrolet Impala.
Motor da Tesla de um Model S P85D agora faz parte do Chevrolet Impala de Jan Karlander
Por fora e por dentro, o mecânico preservou quase tudo do seu Chevrolet Impala 1966. Mas, debaixo do capô, escondeu todo o sistema elétrico e conjunto mecânico de uma Tesla. Saiu o motor V8 de 5,35 litros de 279 cavalos, que o levava aos 100 km/h em apenas 9,4 segundos, e entrou toda a parafernália elétrica de um Tesla Model S P85D, inclusos a suspensão independente e os freios a disco.
O antigo motor V8 do Chevrolet Impala foi substituído por um grande pacote de baterias instalado dentro do cofre em uma caixa de alumínio da mesma cor do bloco do antigo motor. No total, a caixa conta com 18 módulos, que eram, originalmente, de Chrysler Pacifica Hybrid, divididos em três strings de 6 módulos conectados em série.
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Cada um dos módulos possui uma tensão nominal de cerca de 60 volts, o que significa que seis módulos conectados em série fornecem uma tensão nominal de 360 volts. Sendo assim, com carga total, são 400 volts. Todo o conjunto possui uma capacidade de 47 kWh e não pesa muito mais que o motor e o câmbio que substituiu.
Chevrolet Impala possui 557 cavalos
Como as células da bateria foram desenvolvidas para uma aplicação híbrida, elas são otimizadas para entregarem uma maior potência em vez de maior autonomia. A corrente é ainda maior do que o motor elétrico pode receber: 2.400 amperes. A 360 volts resulta em uma saída de 864 kW.
Essa energia é enviada para o motor da Tesla instalado no eixo traseiro, que, de acordo com o mecânico, consegue gerar 557 cavalos. Além de potência, a bateria também conta com autonomia para pouco mais de 200 km.
Apesar de possuir um grande pacote de baterias, o Chevrolet Impala manteve os seus 1.969 kg, mais leve que um Tesla Model S, que pesa cerca de 2.108 kg. Todo o sistema é refrigerado a água por mangueiras ligadas na lateral da grande caixa vermelha. Há, ainda, um ajuste de equilíbrio do sistema de freios, que pode definir o freio mínimo atrás e máximo na frente, pois há cilindros independentes para os freios traseiros e dianteiros.
Chevrolet Impala 1966 foi convertido em um ano e meio
De resto, praticamente tudo do veículo com motor de Tesla segue exatamente igual ao Impala original. Exceto pelos faróis, que foram substituídos pelos da Dapper Lighting Califórnia, que gera luzes modernas com aparência clássica.
As rodas do veículo do mecânico também mudaram e agora são de aço de 19 polegadas (48,26 centímetros). No interior, uma pequena tela touchscreen foi instalada no local no painel original. Ele atua como câmbio do carro, podendo selecionar entre o drive, ré e parking.
O display também mostra informações como a velocidade e as rotações do motor. Um sistema para controlar a suspensão a ar também foi instalado no painel, assim como um botão de emergência para desligar o motor da Tesla. No total, a construção do Chevrolet Impala do mecânico levou um ano e meio para ser concluída.