Marinha encontrou os dois módulos de geração de energia do FPSO P-71 da Petrobras que naufragaram próximo ao município de Itajaí, em Santa Catarina.
Os módulos encontrados pela Marinha referem-se ao fato atípico ocorrido na noite de 18 de maio, onde a barcaça sem propulsão Locar V que navegava transportando dois módulos de geração de energia (M-15 e M-16) do FPSO P-71 com destino ao Estaleiro Jurong, em Aracruz (ES), naufragou parcialmente, quando estava cerca de 120 km da costa de Itajaí – SC.
Segundo a Petrobras, todos os esforços estão sendo feitos para que não haja atraso na data prevista de entrada em operação da plataforma P-71, tampouco perda de receita para o consórcio.
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“A Petrobras está mobilizando todos os recursos que tem à sua disposição para mitigar os eventuais efeitos decorrentes deste acidente e informará ao mercado caso ocorram impactos relevantes no seu Plano de Negócios e Gestão 2019-2023”.
“Os módulos estão sendo avaliados”, informou a Petrobras em nota nesta terça-feira, 28, ainda sem saber se vai poder reaproveitá-los.
Plano de negócios 2019-2023
Conforme o plano de Negócios da Petrobras 2019-2023 publicado no final do ano passado, a P71 justamente por problemas de atraso nas obras, não faz parte deste horizonte de negócios da companhia.
A boa notícia é que a Siemens, fabricante das turbinas geradoras, tem em seu poder para entrega imediata mais dois equipamentos idênticos, na Holanda, para fornecer a petroleira brasileira o que diminuiria um eventual atraso na data prevista de entrada em operação da plataforma.
A Siemens guarda geradores na Holanda que seriam usados em projetos cancelados de FPSOs replicantes. E há o interesse por parte do grupo alemão em oferecer os equipamentos para a Petrobrás. “Felizmente, a Siemens possui equipamentos disponíveis para aplicação imediata, potencialmente eliminando todo o custo envolvido com atraso de operação da plataforma”, afirma o CEO de Óleo e Gás da companhia, Christian Schöck.
A FPSO P71 faz parte do conjunto de cascos chamados replicantes e foi inicialmente construída no Estaleiro Rio Grande, no Rio grande do Sul, mas a Petrobras cancelou os contratos, após apontamentos de corrupção pela operação lava jato.
Hoje, a P71 está sendo reconstruída na China e o planejamento é que viria para o Jurong em 2020 para que fosse feita a integração dos módulos ao casco.
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