Estado brasileiro está perto de ganhar uma ferrovia revolucionária, com potencial de 68 mil empregos e impacto econômico significativo.
A nova promessa de transformação para o desenvolvimento do Rio de Janeiro está ganhando vida – uma obra ferroviária que tem tudo para revolucionar o estado e o país com impacto econômico e social sem precedentes.
Além de seu potencial para criar empregos e gerar bilhões em PIB, a construção da Estrada de Ferro 118 (EF-118) coloca em debate a justiça dos investimentos no Brasil, especialmente para uma região que foi duramente afetada pelo abandono das ferrovias.
De acordo com especialistas, o projeto da EF-118 promete fazer a diferença em múltiplas frentes: 68 mil empregos diretos e indiretos seriam gerados e R$ 2,5 bilhões acrescidos ao PIB da região.
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O plano, que pretende conectar o Porto do Açu, em São João da Barra, à malha ferroviária nacional, é considerado o mais importante para a infraestrutura ferroviária do Rio de Janeiro e, para muitos, também para o Brasil.
Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), só a fase inicial da construção já proporcionaria uma movimentação de R$ 457 milhões em impostos estaduais e federais e adicionaria R$ 1 bilhão em salários aos trabalhadores da região.
Luta por recursos e união de forças
Para que essa obra se torne realidade, uma ampla mobilização foi iniciada.
Francisco Roberto de Siqueira, presidente da Firjan Norte, ressalta a importância da união de forças entre autoridades fluminenses e da sociedade civil para viabilizar a construção da EF-118.
Em uma recente reunião, líderes e representantes assinaram um documento a ser enviado à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), reforçando o apoio e exigindo a utilização de recursos provenientes da devolução de trechos ferroviários, anteriormente concedidos à Ferrovia Central Atlântica (FCA).
Segundo Diogo Martins, especialista em infraestrutura da Firjan, o novo traçado entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo foi cuidadosamente planejado e considera o aproveitamento de trechos devolvidos pela FCA, somando mais de 1.751 quilômetros, sendo 640 quilômetros no estado do Rio.
O longo histórico de abandono e devolução dos trechos
A ferrovia no Rio de Janeiro enfrenta um histórico de abandono que, segundo Siqueira, só será revertido com investimentos consistentes e uma mobilização coletiva.
A FCA, empresa concessionária dos trechos ferroviários, devolveu, em 2013, 153 quilômetros de ferrovia, resultando em uma perda de 62 quilômetros da malha ferroviária estadual.
Hoje, menos de 5% da malha concedida originalmente pelo governo federal está ativa.
Em setembro, o prefeito de Campos, Wladimir Garotinho, participou de uma audiência pública online para expor as demandas crescentes do Porto do Açu e de outros setores logísticos da região.
Na audiência, o subsecretário de Mobilidade de Campos, Sérgio Mansur, defendeu o direcionamento dos recursos das multas e acordos para a construção da EF-118 como uma questão de justiça para a região, compensando as perdas históricas.
União de municípios do Rio de Janeiro e visão de futuro
O projeto da EF-118 tem mobilizado não apenas representantes da indústria e da infraestrutura, mas também prefeitos de cidades do norte fluminense, que veem na ferrovia uma oportunidade de desenvolvimento regional.
A prefeita de Quissamã e presidente do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Norte e Noroeste Fluminense (Cidennf), Fátima Pacheco, é uma das principais vozes na defesa de investimentos no projeto ferroviário, argumentando que a região merece atenção equivalente a outros estados.
Pacheco tem defendido a criação de um turismo sustentável, capaz de gerar renda e integrar a comunidade local, e ela acredita que a ferrovia pode ser o primeiro passo nessa direção.
A importância do turismo ecológico e o apoio da sociedade civil
Para os municípios próximos ao Porto do Açu e ao traçado da EF-118, a ferrovia poderia abrir portas para o turismo ecológico e sustentável.
A prefeita de São João da Barra, Carla Caputi, está empenhada em garantir a concretização do projeto, destacando a relevância do envolvimento de todos os setores da sociedade para que a obra realmente avance.
Caputi e outros prefeitos, como os de Macaé, Cardoso Moreira e São Fidélis, se uniram para reivindicar que as multas e acordos oriundos das devoluções de trechos ferroviários sejam destinados à construção da ferrovia.
Segundo esses líderes, a ferrovia trará não só desenvolvimento econômico, mas também um avanço significativo no ecoturismo e na preservação ambiental, contribuindo para um modelo de crescimento mais sustentável.
O futuro da Estrada de Ferro 118
Se implementada, a EF-118 representará uma vitória para a economia do estado e para a preservação do meio ambiente, trazendo um equilíbrio entre desenvolvimento e sustentabilidade. Contudo, o projeto ainda depende de muitas articulações políticas e da destinação efetiva dos recursos.
E você, acredita que o Rio de Janeiro terá finalmente uma ferrovia que impulsione sua economia e valorize o turismo sustentável, ou será mais uma promessa a se perder na burocracia?