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Mais NOVA OBRA de construção de ferrovia no Brasil promete 68 MIL empregos e MAIS DE 570 km para a malha ferroviária nacional

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 13/11/2024 às 11:02
Novo projeto ferroviário pode criar 68 mil empregos e transformar o turismo no Rio. Conheça os detalhes e desafios da Estrada de Ferro 118. (Imagem: ilustração/ IA)
Novo projeto ferroviário pode criar 68 mil empregos e transformar o turismo no Rio. Conheça os detalhes e desafios da Estrada de Ferro 118. (Imagem: ilustração/ IA)

Estado brasileiro está perto de ganhar uma ferrovia revolucionária, com potencial de 68 mil empregos e impacto econômico significativo.

A nova promessa de transformação para o desenvolvimento do Rio de Janeiro está ganhando vida – uma obra ferroviária que tem tudo para revolucionar o estado e o país com impacto econômico e social sem precedentes.

Além de seu potencial para criar empregos e gerar bilhões em PIB, a construção da Estrada de Ferro 118 (EF-118) coloca em debate a justiça dos investimentos no Brasil, especialmente para uma região que foi duramente afetada pelo abandono das ferrovias.

De acordo com especialistas, o projeto da EF-118 promete fazer a diferença em múltiplas frentes: 68 mil empregos diretos e indiretos seriam gerados e R$ 2,5 bilhões acrescidos ao PIB da região.

O plano, que pretende conectar o Porto do Açu, em São João da Barra, à malha ferroviária nacional, é considerado o mais importante para a infraestrutura ferroviária do Rio de Janeiro e, para muitos, também para o Brasil.


Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), só a fase inicial da construção já proporcionaria uma movimentação de R$ 457 milhões em impostos estaduais e federais e adicionaria R$ 1 bilhão em salários aos trabalhadores da região.

Luta por recursos e união de forças

Para que essa obra se torne realidade, uma ampla mobilização foi iniciada.

Francisco Roberto de Siqueira, presidente da Firjan Norte, ressalta a importância da união de forças entre autoridades fluminenses e da sociedade civil para viabilizar a construção da EF-118.

Em uma recente reunião, líderes e representantes assinaram um documento a ser enviado à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), reforçando o apoio e exigindo a utilização de recursos provenientes da devolução de trechos ferroviários, anteriormente concedidos à Ferrovia Central Atlântica (FCA).

Segundo Diogo Martins, especialista em infraestrutura da Firjan, o novo traçado entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo foi cuidadosamente planejado e considera o aproveitamento de trechos devolvidos pela FCA, somando mais de 1.751 quilômetros, sendo 640 quilômetros no estado do Rio.

O longo histórico de abandono e devolução dos trechos

A ferrovia no Rio de Janeiro enfrenta um histórico de abandono que, segundo Siqueira, só será revertido com investimentos consistentes e uma mobilização coletiva.

A FCA, empresa concessionária dos trechos ferroviários, devolveu, em 2013, 153 quilômetros de ferrovia, resultando em uma perda de 62 quilômetros da malha ferroviária estadual.

Hoje, menos de 5% da malha concedida originalmente pelo governo federal está ativa.

Em setembro, o prefeito de Campos, Wladimir Garotinho, participou de uma audiência pública online para expor as demandas crescentes do Porto do Açu e de outros setores logísticos da região.

Na audiência, o subsecretário de Mobilidade de Campos, Sérgio Mansur, defendeu o direcionamento dos recursos das multas e acordos para a construção da EF-118 como uma questão de justiça para a região, compensando as perdas históricas.

União de municípios do Rio de Janeiro e visão de futuro

O projeto da EF-118 tem mobilizado não apenas representantes da indústria e da infraestrutura, mas também prefeitos de cidades do norte fluminense, que veem na ferrovia uma oportunidade de desenvolvimento regional.

A prefeita de Quissamã e presidente do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Norte e Noroeste Fluminense (Cidennf), Fátima Pacheco, é uma das principais vozes na defesa de investimentos no projeto ferroviário, argumentando que a região merece atenção equivalente a outros estados.

Pacheco tem defendido a criação de um turismo sustentável, capaz de gerar renda e integrar a comunidade local, e ela acredita que a ferrovia pode ser o primeiro passo nessa direção.

A importância do turismo ecológico e o apoio da sociedade civil

Para os municípios próximos ao Porto do Açu e ao traçado da EF-118, a ferrovia poderia abrir portas para o turismo ecológico e sustentável.

A prefeita de São João da Barra, Carla Caputi, está empenhada em garantir a concretização do projeto, destacando a relevância do envolvimento de todos os setores da sociedade para que a obra realmente avance.

Caputi e outros prefeitos, como os de Macaé, Cardoso Moreira e São Fidélis, se uniram para reivindicar que as multas e acordos oriundos das devoluções de trechos ferroviários sejam destinados à construção da ferrovia.

Segundo esses líderes, a ferrovia trará não só desenvolvimento econômico, mas também um avanço significativo no ecoturismo e na preservação ambiental, contribuindo para um modelo de crescimento mais sustentável.

O futuro da Estrada de Ferro 118

Se implementada, a EF-118 representará uma vitória para a economia do estado e para a preservação do meio ambiente, trazendo um equilíbrio entre desenvolvimento e sustentabilidade. Contudo, o projeto ainda depende de muitas articulações políticas e da destinação efetiva dos recursos.

E você, acredita que o Rio de Janeiro terá finalmente uma ferrovia que impulsione sua economia e valorize o turismo sustentável, ou será mais uma promessa a se perder na burocracia?

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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