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Mais de 90 por cento dos petroleiros de duas plataformas no Ceará têm coronavírus

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 12/05/2020 às 18:52
Mais de 90 por cento dos petroleiros de duas plataformas no Ceará têm coronavírus
Mais de 90 por cento dos petroleiros de duas plataformas no Ceará têm coronavírus

O Sindicato dos Petroleiros do Ceará, afirmou que a Petrobras insiste em manter os embarques, e que as medidas tomadas pela estatal são ineficazes

42 dos 45 petroleiros do campo de petróleo de Xaréu, no litoral de Ceará foram diagnosticados com coronavírus. Os petroleiros estão isolados em um hotel em Fortaleza. Petrobras: 45 mil trabalhadores correm risco de perder o emprego

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As informações são da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e do Sindicato dos petroleiros do Ceará (Sindipetro-CE).

O campo de Xaréu foi posto à venda pela Petrobras e se localiza a cerca de 50 km da costa de Paracuru, Região Metropolitana de Fortaleza.

Confira a seguir a nota emitida pelo Sindicato dos Petroleiros do Ceará

No dia 02 de maio, houve a primeira queixa de febre e dores por parte de três trabalhadores em uma plataforma denominada PXA1.

Três dias depois, desembarcaram cinco trabalhadores apresentando sintomas da covid-19; os que permaneceram embarcados e tiveram contato direto com esses cinco mantiveram-se isolados internamente. Porém, sem resultados sanitários efetivos.

Uma plataforma interligada à PXA1, dentro do mesmo campo de petróleo (Xaréu), denominada PXA2, também foi atingida pelos efeitos da pandemia e hoje, além da própria PXA1, encontra-se desabitada.

Além disso, um dos sintomáticos chegou a adentrar em uma terceira plataforma, denominada PAT3, que atualmente encontra-se normalmente habitada.

No domingo (10/05), mais um petroleiro apresentou sintomas do coronavírus, ele estava em outro campo de produção, o de CURIMÃ.

O Sindicato dos Petroleiros do Ceará, afirmou que a Petrobras insiste em manter os embarques, e que as medidas tomadas pela estatal são ineficazes, uma vez que um novo foco pode se estabelecer e repetir a situação.

“A gestão tem negligenciado os cuidados com a força de trabalho. As primeiras máscaras eram de apenas de uma camada de TNT, sem elástico, para ser montada pelo usuário e em quantidade insuficiente”, relatou um dos trabalhadores.

O Ministério Público do Trabalho foi notificado, informou Sindipetro-CE

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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