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Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 14 comentários

Mais de 3 mil operações, 33,5 quilos de ouro confiscados e R$ 245 milhões de prejuízo ao garimpo ilegal marcam a maior ofensiva já registrada na Terra Indígena Yanomami

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 03/12/2024 às 17:21
Mais de 3 mil operações, 33,5 quilos de ouro confiscados e R$ 245 milhões de prejuízo ao garimpo ilegal marcam a maior ofensiva já registrada na Terra Indígena Yanomami
3 mil ações, 33,5 quilos de ouro apreendidos e 397 acampamentos destruídos: ofensiva histórica contra o garimpo na Terra Indígena Yanomami (Imagem: Representação)
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Desde que a Casa de Governo foi implantada na Terra Indígena Yanomami (TIY), em março de 2024, o combate ao garimpo ilegal ganhou uma força sem precedentes. Com mais de 3.035 operações realizadas até novembro, as ações têm desarticulado uma rede criminosa que explora recursos como a cassiterita, o mercúrio e, claro, o ouro. Só este ano, 33,5 quilos do mineral foram confiscados, incluindo uma carga de 21 quilos avaliada em R$ 10 milhões, apreendida pela Polícia Rodoviária Federal em novembro.

A Casa de Governo lidera uma estratégia que mobiliza diversos órgãos federais para proteger a maior terra indígena do Brasil, com seus 9,5 milhões de hectares. O saldo das operações até o momento é impressionante: 397 acampamentos criminosos destruídos, 996 motores e 108 mil litros de diesel inutilizados. Além disso, 22 aeronaves, 86 embarcações e 118 toneladas de cassiterita, e mais de 30 quilos de ouro foram tirados de circulação.

Mais do que números, essas ações representam um golpe estrutural no garimpo ilegal e seus impactos devastadores sobre o meio ambiente e as comunidades Yanomami, Ye’kwana e Sanöma.

Queda de novos garimpos e apreensão de ouro

Mais de 3 mil operações, 33,5 quilos de ouro confiscados e R$ 245 milhões de prejuízo ao garimpo ilegal marcam a maior ofensiva já registrada na Terra Indígena Yanomami
O patrulhamento na Terra Indígena Yanomami é realizado por órgãos como Polícia Federal, Forças Armadas, Polícia Rodoviária Federal, Ibama e Funai, sob coordenação da Casa de Governo. O ouro extraído ilegalmente é geralmente escoado para mercados clandestinos nacionais e internacionais, com rotas frequentes em direção à Venezuela e outras regiões da América do Sul.

Uma das conquistas mais expressivas foi a redução histórica na abertura de novos garimpos. De março a novembro de 2024, as novas áreas caíram 96,3%, de 1.002 hectares em 2022 para apenas 37 hectares este ano. Entre setembro e novembro, não houve sequer registro de novas invasões na TIY.

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Já no front das apreensões, o destaque foi a captura de 21 quilos de ouro, escondidos em um carro que seguia de Manaus para a Venezuela. Essa carga milionária é parte de um total de 33,5 quilos confiscados em 2024, o que aponta para uma interrupção robusta nas rotas ilegais de escoamento.

Impacto financeiro e proteção ambiental

As perdas financeiras impostas à infraestrutura do garimpo ilegal já superam R$ 245 milhões. Mas os benefícios vão além: além de enfraquecer redes criminosas, as operações estão ajudando a preservar um dos territórios mais ricos em biodiversidade do mundo e garantindo a segurança das comunidades indígenas que dependem diretamente desse ecossistema.

Com mais de 3 mil operações realizadas em menos de um ano, a luta contra o garimpo ilegal é um marco no compromisso do Governo Federal com a proteção do território Yanomami e a soberania nacional. E o ouro, símbolo de riqueza e ganância, tornou-se também um dos principais alvos na busca por justiça ambiental e social.

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Ever
Ever
05/12/2024 18:19

É o maior exemplo de burrice pública.
Deveriam ter vergonha dessas operações.

Adelson De Sousa Sobrinho
Adelson De Sousa Sobrinho
05/12/2024 15:19

Com os garimpos ilegais na gestão do **** anterior dos governos da direita era que não dava certo, além de desmatar eles ainda vendiam pra fora clandestinamente. Agora me diga o que o Brasil e o planeta ganham com isso?

Darci bridi
Darci bridi
05/12/2024 06:50

País tico .com tanta pobreza . Falta governança. Porque as riquezas estão nas mãos de poucos que saqueia a nação

Bnc
Bnc
Em resposta a  Darci bridi
05/12/2024 13:07

Os maiores **** estão em Brasília e falam que nos garimpeiros somos **** eles ateam gogos em tudo isso e uma falta de respeito com a classe garimpera

Rafaela Fabris

Fala sobre inovação, energia renováveis, petróleo e gás. Com mais de 1.200 artigos publicados no CPG, atualiza diariamente sobre oportunidades no mercado de trabalho brasileiro. Sugestão de pauta: rafafabris11@gmail.com

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