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Mais de 2000 pessoas serão demitidas com novo plano da Eletrobras, gigante de energia brasileira, após sua privatização em junho deste ano

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 02/11/2022 às 12:11
Atualizado em 04/11/2022 às 01:42
Eletrobras, energia, privatização
Foto: reprodução agenciabrasil.ebc.com.br

O Plano de Demissão Voluntária da empresa de energia Eletrobras será o primeiro desde a sua privatização, e cerca de 2.312 pessoas são elegíveis

Começou nesta terça-feira, 01, o PDV (Plano de Demissão Voluntária) da gigante de energia brasileira Eletrobras, o qual foi anunciado pela empresa na última sexta-feira, 28. Esse será o primeiro PDV da empresa de energia elétrica desde a sua privatização, oficializada em 14 de junho deste ano.

O plano de demissão vai custar aproximadamente R$ 1 bilhão e está sendo introduzido de forma simultânea nas empresas Eletrobras CGT Eletrosul, Chesf, Eletronorte e Furnas, além da própria holding, de acordo com informações da agência de notícias Reuters.

A demissão voluntária da Eletrobras é voltada para os empregados aposentados pela previdência oficial ou aposentáveis até 30 de abril de 2023, levando em consideração os critérios do próprio INSS (idade e tempo de contribuição exigidos respectivamente para os anos de 2022 e 2023). Em todas as empresas do grupo, há 2.312 colaboradores elegíveis ao plano de demissão voluntária da empresa de energia.

Período de adesão

De acordo ainda com a Eletrobras, o payback estimado é de 11,2 meses e o período de adesão vai ser de 1º a 18 de novembro. Os desligamentos vão ocorrer em turmas escalonadas, entre dezembro e abril de 2023.

A Eletrobras afirmou, ainda, que o compromisso de abertura do programa faz parte da proposta do Tribunal Superior do Trabalho (TST) para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2022/2024 e inclui a proposição de condições superiores às oferecidas na última versão do PDV, de 2019.

Privatização da Eletrobras não deve ser parada pelo novo governo

O presidente eleito no domingo, 30, chegou a dizer no decorrer da campanha eleitoral que iria reverter a privatização da Eletrobras se eleito. Porém, ele deu um passo para trás nesse tema, pois mesmo que o petista decidisse insistir na reversão do processo de privatização, as chances de sucesso seriam remotas, na opinião de alguns analistas do mercado financeiro.

A análise é que a empresa Eletrobras está protegida de uma eventual reestatização, visto que além da cláusula que limita a 10% o poder de voto de qualquer acionista, existe uma poison pill, ou “pílula de veneno”, um mecanismo que desestimula aquisições agressivas, de 200%, caso qualquer acionista adquira o controle acionário da Eletrobras.

“De acordo com os termos da privatização, o poder de voto de qualquer acionista individual é limitado a 10%. Há também uma poison pill de 200% caso qualquer acionista decida adquirir o controle acionário da empresa, o que neste momento se traduziria em uma conta de mais de 300 bilhões de reais”.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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