A venda de 51% da holding de gás natural, Gaspetro confirma que o novo CEO está alinhado com os desinvestimentos da petroleira estatal Petrobras
A gigante petroleira brasileira se livra da sua participação de 51 % da Gaspetro. A grande compradora foi a Cosan, que controla a Compass, a maior distribuidora de gás do Brasil. O anuncio ocorreu ontem 28/07 e a venda vai encher o “cofrinho” da Petrobras com mais de 2 bilhões de reais.
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A Gaspetro detém participações em 19 distribuidoras de gás, que exploram com exclusividade os serviços locais de distribuição de gás canalizado em diversos estados do Brasil.
O Grupo Cosan, por sua vez, além do segmento de gás e energia, atua na produção de açúcar, etanol, bioenergia, distribuição e comercialização de combustíveis, por intermédio da Raízen (joint venture entre a Cosan e a Shell), no segmento de lubrificantes, através da Moove, e de logística, através da Rumo.
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Mitsiu também quer vender sua fatia de 49% na subsidiária da Petrobras
A Mitsui é sócia da Petrobras, com 49% da Gaspetro. Em novembro, o Valor Econômico noticiou que a empresa japonesa estuda vender sua fatia de 49% na subsidiária da Petrobras.
“O fechamento da transação está sujeito ao cumprimento de condições precedentes, tais como a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Além disso, até o fechamento a Petrobras observará as disposições constantes dos acordos de acionistas da Gaspetro e das distribuidoras de gás natural, inclusive quanto aos direitos de preferência, conforme aplicáveis”, informou a empresa em fato relevante.
A Cosan também controla a Comgás, maior distribuidora do país que tem uma das concessões estaduais em São Paulo.
Distribuidora de gás Compass, do Grupo Cosan, prevê expansão da infraestrutura em SP
A Compass está desenvolvendo dois projetos para elevar a oferta de gás natural, com foco inicialmente em São Paulo: o Rota 4, para escoar a produção nacional do pré-sal e um terminal de GNL no Porto de Santos.
O Terminal de Regaseificação de São Paulo, com capacidade de regaseificação de 14 milhões de m³/dia tem investimento total estimado em R$ 670 milhões. O início da operação é previsto para 2022.
No Rota 4, a empresa pretende ser sócia minoritária do gasoduto. A ideia é construir um gasoduto de 21 milhões de m³/dia, com extensão de 267 km e um investimento aproximado de US$ 2 bilhões, a partir de 2024, com entrada em operação em 2027, incluindo uma unidade de processamento (UPGN).
Raízen do Grupo Shell, quer construir três usinas produtoras de etanol feito com bagaço e palha de cana
Raízen a gigante global produtora de etanol em conjunto com a Shell, pretende construir mais três usinas de etanol celulósico — ou de segunda geração. A boa notícia foi anunciada pelo empresário Rubens Ometto, da Cosan, na última segunda (15/03) em Live do Valor.
O etanol celulósico é feito a partir do bagaço e da palha da cana. Em Piracicaba (SP), o grupo já possui uma usina produtora desse tipo de combustível, que, de acordo com o empresário, tem sua demanda internacional aquecida em razão do sequestro de carbono gerado.
“Queremos fazer três usinas desse tamanho, com produção de 300 milhões de litros adicionais de álcool de segunda geração”, revelou Ometto. “Empresas como Shell, Exxon-Mobil, Total, todas elas têm o maior interesse em adquirir esse etanol dado o sequestro de carbono que ele tem.”
A tecnologia para a produção de etanol celulósico surgiu a partir de uma parceria entre a Shell e a canadense logen, especializada em biotecnologia. Na safra passada (2019/20), a unidade de Piracicaba produziu 226 litros de etanol para cada tonelada de biomassa seca