Com 130 metros, 250 toneladas de baterias e capacidade para 2.100 passageiros, o maior navio elétrico do mundo vai operar entre Argentina e Uruguai com autonomia de 185 km.
Com 130 metros de comprimento, 250 toneladas de baterias e capacidade para 2.100 passageiros, o China Zorilla, também chamado de Hull 096, já entra pra história como o maior navio elétrico do mundo. Totalmente movido à bateria, ele vai operar entre Argentina e Uruguai com uma autonomia de 185 km por carga. Mas não é só o tamanho que impressiona: suas baterias armazenam energia equivalente a 487 carros elétricos da Tesla, um número que faz até os mais céticos arregalarem os olhos. Segundo a Incat, empresa australiana especialista em catamarãs e responsável pelo projeto, o navio está sendo finalizado no estaleiro da Tasmânia e promete ser um divisor de águas, literalmente, no transporte marítimo sustentável.
Um gigante elétrico que rompe fronteiras: o maior navio elétrico do mundo entra em cena
A missão do Hull 096 é clara: conectar Buenos Aires, na Argentina, a diversas localidades do Uruguai. E fazer isso sem emitir um pingo de poluição. O maior navio elétrico do mundo foi encomendado pela Buquebus, operadora sul-americana de balsas, e vai navegar pelo emblemático Rio da Prata. Segundo Robert Clifford, presidente da Incat, essa é a empreitada mais ambiciosa da história da companhia:
“Este navio muda o jogo”, declarou com orgulho.
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E dá pra entender o entusiasmo: são 2.100 passageiros, 225 veículos e uma autonomia de 185 km com uma única carga elétrica, tudo impulsionado por oito jatos d’água alimentados exclusivamente por bateria.
Espaço de sobra: do tamanho de um shopping flutuante
Mas o Hull 096 não quer só ser o maior navio elétrico do mundo, ele quer também ser o mais completo. A bordo, os passageiros terão à disposição um espaço comercial de 2.300 m², algo próximo de cinco quadras poliesportivas. Ou seja, não é só um meio de transporte: é uma experiência. E, se depender da Buquebus, vai ser uma das viagens mais confortáveis e completas da América do Sul.
A potência que move o futuro
Inicialmente, o plano era abastecer o navio com Gás Natural Liquefeito (GNL). Mas, no meio do caminho, a Incat decidiu dobrar a aposta na energia limpa: o China Zorilla será totalmente elétrico. São 250 toneladas de baterias, capazes de armazenar 40 megawatts — quatro vezes mais do que qualquer instalação marítima anterior.
E isso não é exagero: segundo a própria fabricante, esse é um marco sem precedentes no mundo naval.
Stephen Casey, CEO da Incat, resumiu bem:
“O Hull 096 prova que soluções de transporte em larga escala e com baixas emissões não só são possíveis, como já estão prontas.”
Tecnologia de ponta em águas sul-americanas
A construção do maior navio elétrico do mundo ainda não está 100% finalizada: faltam os acabamentos internos, a instalação das baterias e a integração completa do sistema energético. Assim que essas etapas forem concluídas, o navio será testado nas águas do Rio Derwent, na Tasmânia, antes de estrear na rota oficial. Mas uma coisa já é certa:
“Não estamos apenas construindo um navio — estamos construindo o futuro”, disse o CEO da Incat, confiante no impacto do projeto.
Fonte: Nautica