As perspectivas da cadeia logística global foram abordadas pelo presidente da Maersk na Costa Leste da América do Sul, Julian Thomas, em um encontro virtual com jornalistas na manhã dessa quarta-feira (08). Na ocasião, o executivo falou das iniciativas da gigante em logística internacional e sobre cenário atual do setor.
Mas antes de falar das perspectivas da cadeia logística global é preciso falar da chamada crise dos contêineres que ultimamente tem ganhado manchetes e motivo de debates. Para Julian Thomas, executivo da Maersk, a crise dos containers é um sintoma de algo muito maior e que tem relação com pandemia da Covid-19. Este artigo é baseado em um coletiva de imprensa que o Portal CPG – Click Petróleo e Gás participou no dia 08 de dezembro de 2021.
Na China, por exemplo, houve o fechamento de portos e fábricas ainda no início de 2020 com retração abrupta de 30% da demanda em todo planeta. Com os lockdows houve menos necessidade de serviços de transporte marítimo.
Posteriormente, no entanto, a recuperação veio mais rápido do que se esperava. Havia uma demanda acumulada que necessitava de uma de infraestrutura de logística.
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Houve aumento no eCommerce em relação a bens de consumo, incentivado pelos auxílios do Governo Federal. Ou seja, a retomada da produção somado à demanda acumulada resultou na saturação da infraestrutura da logística disponível.
Ainda não se sabe se pandemia continuará trazendo prejuízos para a cadeia logística global
A pandemia ainda está longe de acabar. Seus impactos nos mais diversos setores da economia devem perdurar por anos. A retomada já vem acontecendo e gerando bons frutos.
No entanto, devido o surgimento da nova variante Ômicron, já há ameaças de fechamentos ou e não reaberturas de fronteiras, além de registros de lockdowns pontuais, como na China que tem feito isso em determinadas regiões devido à sua política severa de restrição.
Para Julian Thomas essas restrições podem trazer novos impactos à cadeia logística global, pois o sistema é todo interligado. Mas ainda não é possível fazer avaliações dessas perspectivas da cadeia logística especificamente.
“A nova variante é mais um exemplo de evento que pode impactar, mas ainda é cedo para avaliar como vai afetar a cadeia logística. Qualquer coisa que acontecer na cadeia, que está estressada, pode ter um impacto global”.
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Perspectivas e ações da cadeia logística para 2022
Para o ano de 2022 a Maersk acredita em um mercado mais preparado, com um aumento da capacidade de navios em 22% do mercado mundial. A entrega de novos navios está programada para o período de 2021 a 2025, com maior volume em 2023.
A Maersk também está comprando novos contêineres e colocando de volta em circulação os vazios. O objetivo é diminuir o tempo que um contêiner leva para sair e voltar do porto, ganhando mais agilidade no processo.
O volume de demandas deve permanecer nos níveis atuais do segundo semestre de 2021, com previsão de aumento entre 2 e 4% em 2022.
“Tem crise, os efeitos continuam fortes, o apetite de exportação do mercado brasileiro é mais do que a capacidade no momento, mas se está conseguindo atender a demanda inesperada parcialmente”
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