Empresários como Luciano Hang criticam a PEC que propõe o fim da escala 6×1, destacando possíveis aumentos nos custos e preços. O debate gera controvérsias entre trabalhadores e setores produtivos.
A discussão sobre a escala de trabalho 6×1, que garante ao trabalhador uma folga semanal remunerada, ganhou destaque nacional com a recente apresentação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
Entre opiniões divergentes, uma voz conhecida do setor empresarial, Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, manifestou-se com duras críticas à proposta, levantando questões sobre os impactos econômicos e sociais da medida.
Na noite de quinta-feira (14), Hang utilizou suas redes sociais para compartilhar sua visão sobre o tema, afirmando que a PEC seria “populismo” e que criaria “uma polêmica onde não precisa”.
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“O brasileiro não quer trabalhar menos; ele quer viver melhor, com mais conforto, segurança, saúde, educação e independência”, declarou o empresário.
Repercussão entre empresários e entidades
A posição de Hang reflete uma preocupação compartilhada por entidades como a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Fecomercio-SP.
Segundo esses grupos, o fim da escala 6×1 poderia sobrecarregar as empresas, encarecer produtos e, consequentemente, reduzir a competitividade no mercado.
De acordo com Hang, cálculos internos realizados pela Havan indicam que a mudança na jornada geraria um aumento de 70% nos custos operacionais.
“Isso impactaria diretamente os preços ao consumidor e os salários, já que empresários são repassadores de custos. No fim, quem sofre é a população”, alertou.
O empresário ainda compartilhou a opinião de uma funcionária durante a inauguração de uma unidade no Rio Grande do Sul: “Prefiro trabalhar aos domingos do que pedir emprego na segunda-feira”.
Para ele, esse comentário exemplifica a prioridade de muitos trabalhadores: estabilidade financeira e segurança no emprego.
Contexto político e social
A PEC foi proposta pela deputada Erika Hilton (PSOL) e alcançou as 171 assinaturas necessárias para avançar na Câmara dos Deputados.
Após a conferência de assinaturas, o texto seguirá para análise na Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ).
Embora Hang seja um apoiador notório de governos conservadores, sua posição não reflete unanimidade dentro dos partidos de direita.
Parlamentares como Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) e Fernando Rodolfo (PL-PE) manifestaram apoio à proposta, o que demonstra que o debate transcende ideologias partidárias.
Enquanto isso, o apoio popular à PEC também cresce. Um abaixo-assinado online já ultrapassou 2,9 milhões de adesões, mostrando que o tema mobiliza tanto trabalhadores quanto empresários.
Potenciais impactos no setor empresarial
A mudança na escala de trabalho traz desafios significativos para setores como o varejo e a indústria, onde jornadas flexíveis são frequentemente essenciais para manter operações competitivas.
Hang destacou que alterações abruptas podem provocar uma reação em cadeia, com efeitos negativos sobre a economia como um todo.
“Aumentar custos para as empresas significa menos contratações, salários menores e preços mais altos. Isso vai contra o que os trabalhadores realmente desejam: melhores condições de vida e não depender de auxílios do Estado”, afirmou.
O que está em jogo com o fim da escala 6×1?
O debate sobre a escala 6×1 coloca em pauta questões importantes: até que ponto a redução de jornadas pode melhorar a qualidade de vida sem comprometer a sustentabilidade das empresas? De um lado, trabalhadores buscam equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Do outro, empregadores alertam para os riscos de medidas que, segundo eles, poderiam inviabilizar negócios e causar desemprego.
E você, o que pensa sobre a escala 6×1? Essa mudança seria benéfica para todos ou traria mais desafios para trabalhadores e empresas? Deixe sua opinião nos comentários!