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Leilão reverso das sondas ancoradas da Petrobras tem preços altos

Escrito por Renato Oliveira
Publicado em 18/04/2019 às 16:40

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Sondas ancoradas tem propostas altas
Leilão despontador

Baixa atratividade ao novo sistema de leilões e pouca oferta deste tipo de equipamento (com posicionamento dinâmico) no mercado teriam sido a causa dos preços acima do esperado pela Petrobras

O leilão de três sondas ancoradas promovido pela Petrobras teve um resultado desapontador para a companhia, os preços ficaram bem mais altos que o esperado.
A maior causa, segundo o mercado, foi a utilização de um novo sistema de leilões, chamado leilão reverso, onde as empresas apresentam propostas e logo em seguida tem acesso aos preços dos concorrentes, mas sem saber seus nomes e cada empresa poderá reduzir seu preço.

A licitação, que se arrasta desde fevereiro do ano passado, teve o prazo de entrega das propostas adiada duas vezes e não atraiu grandes empresas,  colocando em xeque o novo sistema totalmente executado pleo portal de negócios da Petrobras, o Petrocnet.

A licitação

O processo estava dividido em dois lotes, o lote 1 envolvia duas unidades para 750 mil m de lâmina d´água, e teve como melhor oferta a do grupo chinês novato no Brasil PGP (Shandong Offshore) que apresentou taxas diárias de US$ 168 mil por dia e em segundo lugar a proposta da brasileira Constellation (ex-Queiros Galvão E&P) de US$ 168,9 mil por dia.
Como os valores ficaram mais altos do que o esperado pela Petrobras, no mercado há dúvidas se a petroleira homologará o resultado.

A Petrobras esperava uma taxa entre US$ 100 mil a US$ 120 mil por dia por cada sonda, a chinesa ofereceu o navio sonda Tiger III e a brasileira ofertou a semissubmersível Gold Star.
A favor da brasileira, o fato da chinesa não ter experiência em operação de sondas, pois atua no mercado como estaleiro.

No mercado comenta-se que o fato da nova modalidade de leilão só ter atraindo empresas brasileiras e estrangeiras sem atuação no nosso offshore, deve-se ao ineditismo da modalidade.
Desde o início o mercado recebeu mal este tipo de leilões, que segundo as empresas serve muito bem para pequenas compras, mas não para um item de tecnologia tão complexa como uma sonda de perfuração.

A única multinacional tradicional no nosso mercado a apresentar proposta foi a Noble, que apresentou o quarto melhor lance (US$ 197,4 mil/dia).
Empresas como a Seadrill, Transocean, Ensco, Saipem, Odfjell e Schlumberger analisaram o edital, mas optaram por declinar formalmente do processo, sendo que as três primeiras até tinham sondas disponíveis de imediato.

Resta agora saber como vai ser o leilão do lote 2, que envolve uma sonda ancorada para 400 m de lâmina d’água, cuja entrega das propostas está marcada para o dia 27 de maio e a realização do leilão no dia seguinte.
A Petrobras conta com estas sondas em março de 2020, os equipamentos ficarão afretadas por um período de três anos, podendo ser renovado por mais dois anos e terão de estar prontos para operação 270 dias após a assinatura dos contratos.

Você viu que a Ensco e Rowan se juntaram e passaram a ter 82 Sondas Offshore ? Acesse aqui e leia !

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Renato Oliveira

Engenheiro de Produção com pós-graduação em Fabricação e montagem de tubulações com 30 anos de experiência em inspeção/fabricacão/montagem de tubulações/testes/Planejamento e PCP e comissionamento na construção naval/offshore (conversão de cascos FPSO's e módulos de topsides) nos maiores estaleiros nacionais e 2 anos em estaleiro japonês (Kawasaki) inspecionando e acompanhando técnicas de fabricação e montagem de estruturas/tubulações/outfittings(acabamento avançado) para casco de Drillships.

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