Embora haja investimentos bilionários no leilão, as linhas de transmissão de energia apresentam problemas que podem causar prejuízos enormes
Com previsão para acontecer no dia 30 de junho deste ano e investimentos totais de R$ 15,293 bilhões, o próximo leilão de linhas de transmissão de energia tem estimativa de construir 5.291 quilômetros de novas redes em toda a extensão do Brasil. A expectativa é de que sejam disponibilizadas 31,4 mil vagas de emprego enquanto as obras estiverem sendo executadas, em um período que pode variar entre 42 e 60 meses.
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Segundo o site Broadcast, as linhas de transmissão de energia serão implantadas nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. Conforme as normas do leilão, as concessões, que haviam sido divididas em 13 lotes, terão prazo de 30 anos, que podem ser estendidos pela mesma quantidade de tempo.
Estima-se que o edital do leilão de investimentos bilionários seja divulgado até o dia 26 de maio, antecedendo o evento em pouco mais de um mês. Os contratos devem ser assinados no dia 30 de setembro.
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As linhas de transmissão de energia apresentam algumas limitações que configuram um problema recorrente da área elétrica. Tal qual os investimentos do leilão, esse problema causou ao país, nos últimos anos, prejuízos também bilionários, visto que incontáveis parques eólicos e usinas de energia hidrelétrica ficaram prontos mas não conseguiram métodos capazes de escoar a energia produzida. Atualmente, esse empecilho também alcança os novos projetos de usinas de energia solar, ou usinas fotovoltaicas.
De acordo com dados concedidos pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), no ano de 2019, 33 mil megawatts-hora (MWh) pararam de ser lançados no sistema em razão da falta de linha de transmissão de energia. No ano seguinte, esse valor subiu para 70,8 mil MWh; em 2021, até o mês de agosto, atingiu 105 mil MWh. Ou seja, tem acontecido cada vez mais prejuízos aos investimentos.
Na realidade, os prejuízos aos investimentos do leilão totalizam cerca de centenas de milhões de reais, além do fato de haver menos energia disponível ao consumo. A fim de evitar casos de apagão, o Brasil se utiliza de quaisquer outros tipos de fontes de energia.
Hoje, o país tem 145.600 km de linhas de transmissão de energia disponíveis, conforme informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Até 2025, a expectativa é que essa rede de transmissão tenha capacidade de alcançar 184.054 km.
Confira, a seguir, um curto vídeo explicativo da Aneel sobre o funcionamento de um leilão de linhas de transmissão: Leilões de Transmissão de Energia Elétrica
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Nunca se investiu e consumiu tanta energia de fontes renováveis, como a energia eólica, como atualmente. No último ano, o aumento dos valores nas contas de energia passou de 30% no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), o que incentiva ainda mais a discussão acerca das fontes renováveis. Para ler também esta outra matéria do CPG na íntegra, é muito simples: basta clicar aqui.