A plataforma P-83, uma das maiores a operar no Brasil e na indústria óleo e gás mundial, será a décima primeira unidade a ser instalada em Búzios
Boas notícias para a construção naval do Brasil. O gigante do petróleo brasileiro Petrobras assinou ontem (28/09), com a Keppel Shipyard, o contrato para a construção da P-83, uma das maiores plataformas a operar no Brasil e na indústria de petróleo mundial, localizado no pré-sal da Bacia de Santos, o futuro maior produtor de óleo do Brasil até 2030, com a produção de até 2 milhões de barris de petróleo por dia (bpd)!
Além disso P-83, que será a décima primeira unidade a ser instalada em Búzios, promete produzir até 225 mil bpd de óleo e 12 milhões de m³ de gás por dia, e terá capacidade de estocagem maior do que 1,6 milhão de barris.
A Petrobras é a operadora desse campo com 92,6% de participação, tendo como parceiras a CNOOC e a CNODC, com 3,7% cada.
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Construção da P-83 será realizada em estaleiros de Singapura, China e Brasil
De acordo com o informe da Petrobras, a construção da P-83 será realizada em estaleiros de Singapura, China e Brasil, e atingirá o percentual de conteúdo local de 25%. Sua produção está prevista para 2027 e contribuirá para ampliar a capacidade instalada do campo, dos atuais 600 mil bpd para 2 milhões bpd.
P-83 representa a chamada “Nova Geração” de plataformas da Petrobras, que possuirão alta capacidade de produção e tecnologias para redução de emissão de carbono, onde utilizará, por exemplo, a chamada tecnologia de flare fechado, que aumenta o aproveitamento do gás e impede que ele seja queimado para a atmosfera, de forma segura e sustentável.
Além disso, a plataforma vai utilizar um sistema de detecção de gás metano, capaz de atuar na prevenção ou mitigação de riscos de vazamentos desse composto, sem contar com a tecnologia de Captura, Uso e Armazenamento geológico de CO2 – o chamado CCUS. A Petrobras é pioneira na utilização dessa tecnologia, que permite aliar aumento da produtividade com redução de emissões de carbono.
A P-83 também será dotada da tecnologia de “digital twins” – ou gêmeos digitais – que consistem na reprodução virtual da plataforma, permitindo diversas simulações remotas e testes operacionais, garantindo segurança e confiabilidade.