Petrobras prevê que a produção do campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, salte de 600 mil para 2 milhões barris de petróleo dia até 2030
Os gerentes gerais de Búzios, da Petrobras, Jaime Naveiro e Thiago Coutinho, anunciaram ontem (28/09), em palestras na Rio Oil and Gas 2022, a intenção da petroleira brasileira de aumentar em mais de três vezes a capacidade instalada de produção do campo de Búzios, localizado no pré-sal da Bacia de Santos.
A projeção da estatal é que até o final de 2030, esse volume salte dos atuais 600 mil barris de petróleo por dia (bpd) – com quatro plataformas operando hoje – para 2 milhões de bpd – com a entrada de mais sete unidades operando no ativo até o final dessa década.
“Para o campo de Búzios, temos atualmente sete plataformas em fase de construção ou em contratação. O FPSO Almirante Barroso (quinta unidade) está, neste momento, navegando rumo ao Brasil para terminar a etapa de comissionamento. O FPSO Almirante Tamandaré (sexta unidade) está em fase de construção avançada, com o casco já flutuando e em comissionamento. As P-78 e P-79 estão em etapa inicial de construção – e já assinamos o contrato de construção das P-80 (em agosto) e P-83 (hoje). Nossa expectativa é assinarmos o da P-82 em breve”, afirmou Naveiro.
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Búzios é o maior campo de petróleo em águas profundas do planeta em volume e em potencial de produção!
Vale ressaltar que Búzios é o maior campo de petróleo em águas profundas do mundo em volume e em potencial de produção, com baixo custo de extração, além de ser reconhecido internacionalmente como polo de desenvolvimento de tecnologias disruptivas em águas ultraprofundas.
Além disso, o campo de Búzios é caracterizado também pelo baixo índice de emissões de carbono por barril de óleo equivalente produzido – está no primeiro quartil da indústria. “Nosso último recorde no campo foi de 616 mil bpd, batido em julho deste ano. Quando olhamos para frente, há expectativa que Búzios alcance 33% de participação na produção da Petrobras no fim de 2026. Ao final da década, a contribuição será ainda mais significativa, à medida que as plataformas entrem em operação e tenham seu ramp up (evolução da produção) com a entrada de novos poços, atingindo seu pico de produção”, complementou ele.
Preocupada com o meio ambiente, a Petrobras vem desenvolvendo o novo conceito de plataformas equipadas com tecnologias para redução de emissões de carbono, com destaque para o sistema de flare fechado nas novas unidades, entre outras inovações. Numa visão de futuro, a estatal prevê adotar o conceito de IOT (Internet das Coisas) capaz de conectar não só todos os equipamentos a bordo de uma plataforma, mas também os profissionais, ampliando a segurança e a redução da exposição das pessoas ao risco.