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A maior turbina de energia eólica offshore do mundo está sendo construída no Japão e promete superar sua concorrente Haliade-X

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 17/12/2022 às 16:56
Japão se compromete em construir a maior turbina de energia eólica offshore do mundo capaz de gerar até 15 MW de eletricidade
Atualmente o posto de mair turbina eólica do mundo é ocupado pela Haliade-X da GE/Divulgação

O Japão está desenvolvendo a maior turbina de energia eólica offshore do mundo. A turbina conseguirá gerar até 15 MW de energia e promete revolucionar o mercado de energia limpa.

Denominada de Toda, empresa japonesa de energia, ao lado de especialistas da Universidade de Osaka – Japão, se comprometeram em desenvolver o projeto da maior turbina eólica em alto mar do mundo, de acordo com Nikkei Asia. Os engenheiros pretendem desenvolver um protótipo de turbina que terá capacidade para gerar até 15 MW de energia eólica offshore. O experimento acontecerá em diversas etapas, com a última prevista para ter início em 2025.

Saiba mais sobre as etapas da produção da turbina eólica offshore que promete superar a Haliade-X, no Japão

Modelo da GE, Haliade-X é atualmente a maior turbina eólica onshore do mundo

No próximo ano, a equipe de pesquisa do Japão desenvolverá um projeto de turbina eólica flutuante de grande capacidade. O grupo é formado por 10 engenheiros da Universidade de Osaka e a empresa Toda, especializados em turbinas de energia eólica offshore e tecnologia em alto mar.

O principal objetivo desta fase de trabalho será desenvolver modelos computacionais para analisar as cargas e riscos em uma plataforma flutuante, assim como analisar questões ligadas à geração em massa de tais instalações e ao transporte de eletricidade.

No ano seguinte, os engenheiros do Japão devem construir uma usina de demonstração de turbina de energia eólica offshore capaz de gerar 10 MW de energia. Em 2025, está prevista a instalação de uma turbina eólica com um vão de pá de aproximadamente 200 metros, chegando a ser três vezes maior do que as turbinas convencionais utilizadas em usinas semelhantes. Estimativas preliminares, apontam que a turbina pode gerar de 12 a 15 MW de energia.

Implantação de turbinas eólicas no Japão é três vezes maior em termos de setor de água

Em comparação com as turbinas eólicas estacionárias instaladas na superfície do fundo do mar, as turbinas de energia eólica offshore são mais caras de se manter e instalar. Esse fator impede sua instalação em larga escala mesmo na Europa, onde a energia eólica em alto mar se desenvolveu de forma exponencial nos últimos anos.

Entretanto, a falta de mares rasos ao redor do Japão torna o projeto ainda mais interessante. De acordo com dados de pesquisadores, o potencial de implantação de turbinas flutuantes no Japão é três vezes maior quando se trata de área de água do que instalações fixas offshore.

Um consórcio de empresas liderado pela Toda está atuando na primeira turbina eólica offshore comercial na costa da província de Nagasaki. O valor de um kW de energia gerada por uma usina de 2MW é de 36 ienes (cerca de US$ 0,26). Para gerar o custo de geração de eletricidade abaixo de 10 ienes por quilowatt-hora e tornar as turbinas competitivas em relação às termelétricas, é necessário ampliar significativamente a capacidade das turbinas offshore.

Japão começa a gerar energia a partir da neve

Neste mês de dezembro, começaram os testes de um sistema incomum de geração de energia na cidade do Japão Aomori. A energia será gerada a partir da diferença de temperatura entre a neve normal e o ar circulante. Anteriormente, os serviços da cidade despejaram a neve coletada nas ruas no mar, enquanto agora se encontrou um uso inesperado como uma fonte de energia.

A cidade fechou uma parceria com a Universidade de Telecomunicações de Tóquio e a empresa de TI Forte, para equipar uma piscina em um internato local com um sistema de tubulação de calor e fluido. Os serviços públicos despejarão a neve recolhida das ruas na piscina, enquanto do outro lado os canos serão levados ao ar livre e expostos aos raios do Sol.

Devido à diferença de temperatura nos tubos, o movimento de convecção do líquido começará. O fluido aciona uma microturbina, desta forma, quanto maior a diferença de temperatura, maior será a potência de saída.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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