Empresa da China anunciou seus planos de realizar investimentos bilionários no Brasil, no segmento de energia renovável. Aporte estima gerar novos empregos e renda para o mercado brasileiro.
Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e Lyu Ze Xiang, presidente da Energy China International, se reuniram no último sábado (29) em São Paulo. A empresa estatal, controlada pelo governo de Xi Jinping, planeja realizar investimentos de US$ 10 bilhões (o equivalente a R$ 50 bilhões) em geração de energia renovável no Brasil nos próximos anos.
Investimentos em energia renovável serão destinados ao mercado eólico
Segundo o presidente da empresa da China os investimentos, que devem gerar diversos empregos no Brasil, serão centralizados especialmente para o mercado de energia eólica, transmissão, fertilizantes e produção de hidrogênio verde.
Alckmin destaca que recebeu o presidente da Energy China, Lyu Ze Xiang, para discutir as oportunidades de investimento em energia renovável no Brasil, visto que o mesmo possui um clima e um território abençoados, enquanto a Energy China possui capital e tecnologia.
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Segundo o vice-presidente, juntos, será possível avançar na produção de energia renovável e fertilizantes. Zexiange também esteve em reunião com o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na última quinta-feira (27). Logo em seguida, o valor do investimento foi divulgado pelo ministério, que não esclareceu, entretanto, se a empresa da China planeja investir em projetos novos ou que já estejam em atividade.
Sem entrar em detalhes, Alexandre afirma que, durante a reunião foi destacada a confiança da empresa no Brasil como destino para uma parte significativa dos investimentos planejados para o setor elétrico, especialmente na geração de energia renovável e de hidrogênio, como mencionado anteriormente.
O ministro ressalta que o país tem recebido os maiores investidores neste setor e tem demonstrado o foco do governo em consolidar a estabilidade regulatória, um ambiente favorável aos investimentos, a segurança jurídica e se demonstra extremamente confiante quanto ao celeiro das energias sustentáveis que o país se tornará nos anos seguintes, gerando emprego e retorno social para os brasileiros.
Empresas da China priorizam a compra de empresas operacionais
Segundo o ministério, a empresa da China assumiu o compromisso de consolidar o intercâmbio com a pasta. Silveira escolheu Thiago Barral, secretário de Planejamento e Transição Energética, como ponto focal para fazer o acompanhamento das propostas de investimentos. Como citado anteriormente, ainda não foi revelado se a chinesa planeja investir em projetos novos (greenfield) ou já em operação.
Os chineses têm marcado sua presença no mercado nacional, dando prioridade às aquisições de empresas operacionais através de investimento direto, o que torna possível gerar fluxos de forma imediata.
O anúncio acontece algumas semanas após a visita de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China. Durante o encontro, alguns acordos no setor de energia renovável foram fechados. As reuniões realizadas na última semana, não tem ligação com a viagem.
Governo Federal prevê outros investimentos bilionários no setor
A chegada dos conglomerados estatais da China pode marcar um segundo ciclo de investimentos do país da Ásia no Brasil e acontece em um momento em que os leilões de transmissão de energia projetados para este ano estão atraindo diversos grupos e devem levantar cerca de R$ 50 bilhões em investimentos.
Em agenda nos estados da Paraíba e de Pernambuco no mês de março, o presidente Lula visitou o Complexo Renovável Neoenergia na Paraíba, e participou no descerramento da placa de inauguração do empreendimento que une as tecnologias eólica e solar para a geração de energia renovável no Estado.
Com investimento de R$ 3 bilhões, o complexo é formado pelo Parque Eólico Chafariz, com capacidade de gerar 471.2 MW, e o Parque Solar Luzia, com potência máxima de gerar 149.2 MW, além de linhas de transmissão e subestações.
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