As declarações de Prates destacaram que o portfólio de investimentos registrou um aumento de 31% em comparação com o período anterior, com vigência prevista para o intervalo de 2023 a 2027. Esses resultados promissores indicam um cenário positivo para o desenvolvimento econômico nos próximos anos.
Atualmente não estamos conduzindo nenhuma avaliação de aquisição ou investimento. Analisamos todas as classes de ativos e oportunidades disponíveis, mas não tomaremos decisões precipitadas com base apenas em anúncios de venda feitos pelo presidente eleito. É importante ter cautela e realizar análises criteriosas antes de tomar qualquer decisão relacionada a compras ou investimentos.
“Temos grande confiança de que todos os esforços que empreendemos até agora, bem como quaisquer outras exigências técnicas viáveis que possam surgir, serão atendidos, pois reconhecemos a importância dessa riqueza a ser explorada”, afirmou Joelson Mendes, diretor executivo de Exploração e Produção da empresa estatal.
Situação na Argentina
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, abordou a situação na Argentina, onde o presidente recém-eleito, Javier Milei, anunciou planos de privatizar a empresa estatal YPF. Prates avalia que o cenário na região “ainda está bastante incerto”.
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Investimento em exploração de petróleo na Margem Equatorial
Zona equatorial
Dos US$ 102 bilhões planejados no plano estratégico, US$ 7,5 bilhões serão destinados à prospecção de novos poços de petróleo no Brasil e no exterior. A Petrobras planeja aportar US$ 3,1 bilhões na Margem Equatorial – uma área marítima que se estende por mais de 2,2 quilômetros a partir da costa, do Amapá ao Rio Grande do Norte.
A empresa estatal já possui permissão para realizar as primeiras atividades em parte desta nova fronteira petrolífera. No entanto, ela ainda aguarda autorização do Ibama para explorar áreas consideradas altamente promissoras.
“O objetivo é adentrar no ramo dos fertilizantes, pois não apenas é essencial para o Brasil, devido à necessidade de ter produção interna, mas também é comercialmente viável dentro do contexto da transição energética. É a partir daí que surgirão novos produtos, como a amônia verde e os fertilizantes do futuro. É crucial que estejamos presentes nesse mercado”, afirmou Prates.
Adicionalmente, a empresa estatal está procurando por uma parceria para garantir a continuidade das operações das fábricas de fertilizantes localizadas em Sergipe e Bahia, as quais estão atualmente arrendadas para a empresa Unigel. A intenção é manter a produção das plantas voltada para atender às demandas da própria estatal durante um período de até 1 ano. Após esse período, a intenção é buscar outras formas de operação, como a criação de uma joint venture ou uma incorporação.
“Evidentemente, se você comparar projetos isolados, por exemplo, um poço do pré-sal com uma fábrica de fertilizantes, [a fábrica] não vai ter a mesma rentabilidade, mas não quer dizer que seja prejuízo investir em fertilizantes”, explicou.
“Decidimos não mais realizar a venda de refinarias. Em vez disso, vamos fazer investimentos significativos para transformá-las em um complexo industrial, cada uma delas”, afirmou Prates.
A Petrobras também planeja reiniciar a produção de fertilizantes. A empresa pretende retomar as operações da Araucária Nitrogenados (Ansa), localizada no Paraná e parada desde 2020, além de concluir as obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN III), que estão paralisadas desde 2014 em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul. A expectativa é que a Ansa retome suas operações no segundo semestre de 2024.
Plano de Revitalização da Petrobras e seus Investimentos
Segundo Prates, o plano de revitalização da Petrobras garante não apenas o presente, mas também lança as bases para o futuro da empresa. Ele ressaltou que o plano quinquenal será revisado anualmente, oferecendo a oportunidade de realizar ajustes conforme necessário.
O plano de investimentos totaliza US$ 102 bilhões, o que corresponde a cerca de R$ 500 milhões. Comparativamente à atuação estratégica da Petrobras em anos anteriores, as diretrizes aprovadas esta semana incluem a retomada de investimentos em refinarias.
Atualmente não é o momento, estamos focando na busca por novas áreas para exploração, reposição de reservas e na continuidade das operações de petróleo e gás, mas sempre pensando no futuro. O que estamos planejando inclui a implementação de coprocessamento em refinarias e a geração de energia renovável em larga escala para a produção de hidrogênio verde e outros produtos sustentáveis, como metanol verde e amônia verde”, explicou Prates, referindo-se a produtos mais amigáveis ao meio ambiente.
O plano estratégico de investimentos da Petrobras para o período de 2024 a 2028 tem como objetivo a geração de 1,4 milhão de empregos direitos e indiretos, com uma média de 280 mil novos empregos por ano. A maior parte dessas oportunidades estará concentrada nas áreas de exploração e produção de petróleo.
A estimativa foi anunciada pelo presidente da estatal, Jean Paul Prates, em uma coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, 24 de novembro, no Rio de Janeiro. Durante o encontro, Prates detalhou o plano estratégico que foi aprovado pelo conselho de administração da companhia no dia anterior, 23 de novembro. **Essa iniciativa demonstra o compromisso da Petrobras com a geração de empregos e o desenvolvimento econômico do país.**
Fonte: InfoMoney