Starlink, empresa de Elon Musk, pede autorização da Anatel para operar seus satélites no país. A empresa promete internet via satélite para pessoas de baixa renda do mundo todo por menos de US$ 10
Vicente Aquino, conselheiro da Anatel, pautou, em caráter extraordinário, o processo de autorização de satélite estrangeiro para a constelação de órbita baixa Starlink, do bilionário Elon Musk. A reunião do conselho diretor acontece nesta segunda-feira (20). A Starlink solicitou autorização para operar com seus satélites de órbita baixa no Brasil, oferecendo internet via satélite para pessoas de baixa renda. Além dos pedidos feitos pela Starlink, de Elon Musk, e da Swarm para satélites de órbita baixa, a entidade também está analisando outros cinco processos de autorização que estão em diferentes estágios, entretanto com alguns já distribuídos para o conselho diretor.
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Satélites da Starlink farão o monitoramento da Amazônia
No mês passado, o ministro Fábio Faria esteve com o dono da Starlink, Elon Musk nos EUA, e na ocasião divulgou uma parceria que busca utilizar a tecnologia da starlink para monitorar a Amazônia e banda larga na região.
Vale ressaltar que a empresa não é especializada em observação e tem como foco o mercado de internet via satélite prometendo uma maior acessibilidade da internet para a população de baixa renda.
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Especialistas afirmaram que um dos tópicos que teriam sido motivadores da reunião entre Elon Musk e o ministro seria o pedido de autorização para a operação de internet via satélite no país, e a adequação deste tipo de serviço, com vários satélites, à regulamentação nacional.
Empasses para a liberação da internet via satélite para pessoas de baixa renda
Normalmente, a Anatel não impõe nenhum empasse para a liberação de satélites estrangeiros no país, mas neste caso em específico dos satélites de órbita baixa há uma preocupação maior que é enfrentada por reguladores de todo mundo, sobre problemas de coordenação com outras empresas de satélite pelo uso das frequências, riscos de colisão, lixo espacial, poluição visual, entre outros.
Nos EUA, algumas empresas que já operam mostram uma crescente preocupação com a agressividade das investidas regulatórias de Elon Musk, que já se mostrou contra o excesso de regulação setorial para o lançamento de foguetes das operação de satélites.
Se trata de um setor complexo, tendo em vista que envolve coordenação de espectro, detritos espaciais, posições orbitais entre diversos países e prestadores, fazendo com que os reguladores sejam muito mais cautelosos com suas decisões.
Sobre a empresa
O Starlink é um projeto de evolução de constelações de satélites que está sendo desenvolvido pela empresa SpaceX, de Elon Musk. O intuito é criar uma plataforma de satélites de alto desempenho e baixo custo e transceptores terrestres de clientes necessários para instalar um novo sistema de comunicação com base na internet. Os satélites da empresa pesam cerca de 260 kg e possuem um design de painel plano com várias antenas de alto rendimento em um único painel solar.
Estas grandes constelações de satélites artificiais orbitando formará a espinha dorsal de uma rede global de internet de banda larga. A empresa estima lançar mais de 17 mil destes satélites.