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Inédito: Pesquisadores da NASA anunciam criação de naves espaciais movidas a energia solar para novas expedições ao Sol com investimento milionário

Escrito por Sabrina Moreira Paes
Publicado em 03/06/2022 às 13:17
Atualizado em 05/06/2022 às 16:59
NASA energia solar naves espaciais
Novas missões vão aproveitar a energia do sol para fornecer combustível às missões | Foto: Olhar Digital

Naves espaciais movidas por energia solar são o mais novo projeto da NASA para expedições solares

Um dos grandes desafios da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA), ainda hoje, é equacionar a demanda de combustível durante suas missões espaciais. Pensando nisso, uma equipe de pesquisadores das universidades de Rochester Institute of Technology e John Hopkins, junto com a NASA, buscou desenvolver um modelo de naves espaciais que tenha como propulsão a energia solar.

O mais recente projeto da NASA são as expedições para exploração do Sol, de uma forma nunca feita antes. Tendo em vista essa nova missão e a necessidade de combustível, os pesquisadores criaram as velas solares, que são semelhantes àquelas usadas em barcos e que usam a energia dos próprios raios solares para movimentação. O projeto foi criado há alguns anos, mas apenas agora elas estão prontas para uso, após alguns testes. Para saber mais, continue a leitura.

Entenda um pouco sobre os testes das velas solares realizados há alguns anos, no vídeo abaixo

As velas solares foram testadas durante um longo período e agora estão prontas para a missão | Reprodução – Youtube: Olhar Digital

O desenvolvimento de velas solares para naves espaciais venceu 3 fases do programa Innovative Advanced Concepts (NIAC) e teve investimento milionário

Como o sol é um local de difícil acesso, os pesquisadores aproveitaram a energia solar do próprio sol para obter combustível. O projeto recebeu o nome de Diffractive Solar Sailing e venceu recentemente a Fase III do programa Innovative Advanced Concepts (NIAC), promovido pela própria NASA com o intuito de estimular o desenvolvimento de novas tecnologias de exploração.

Esse prêmio concedeu um investimento de US$ 2 milhões para execução da missão de explorar os polos solares em breve. Com o novo mecanismo de propulsão, as velas permitirão que as grades da estrutura gerem energia a partir da difração, que consiste no espalhamento dos raios solares após ingressar por uma abertura.

O projeto resolve um problema conhecido há anos pelos cientistas espaciais: a falta de energia para propulsão das naves espaciais na exploração do sol.

“Com a experiência combinada de nossa equipe em óptica, aeroespacial, navegação solar tradicional e metamateriais, esperamos permitir que os cientistas vejam o Sol como nunca antes.”

Amber Dubill, Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, líder do projeto da NASA.

Um mecanismo parecido chegou a ser testado em anos anteriores por outros países. No ano de 2010, uma sonda japonesa de nome Ikaros foi enviada ao espaço para exploração do sol, mas sem a tecnologia das velas solares. Isso serviu de inspiração para a NASA melhorar o mecanismo nos anos seguintes.

“A navegação solar difrativa é uma visão moderna da visão de décadas de velas de luz. Embora essa tecnologia possa melhorar uma infinidade de arquiteturas de missão, ela está pronta para impactar fortemente a necessidade da comunidade heliofísica de recursos exclusivos de observação solar. Com a experiência combinada de nossa equipe em óptica, aeroespacial, navegação solar tradicional e metamateriais, esperamos permitir que os cientistas vejam o Sol como nunca antes.”

Amber Dubill, Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, líder do projeto da NASA.

NASA vai transformar as expedições solares em algo inédito, como nunca feito antes, usando energia solar

O projeto desenvolvido pelos pesquisadores em parceria com a NASA vai agora seguir para uma nova fase de testes usando naves espaciais com velas solares para propulsão. Todavia, o cenário é otimista e tende a melhorar a propulsão sem prejudicar a manobrabilidade das naves.

Além disso, o projeto estimula o uso de energia solar de um modo diferenciado, usando conceitos da física, em especial, a difração dos raios solares. Esse avanço é um passo importante para a ciência e para melhor compreensão da maior estrela do sistema solar.

Sabrina Moreira Paes

Moradora da Grande São Paulo, 25 anos, formada pela UFPR com MBA em marketing pela USP. Possui mestrado pela Unicamp e doutorado em andamento na USP. Profissional de marketing, Copy, SEO e Ghost Writer certificada pelas Universidades de Stanford, California, Northwestern e Toronto. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos.

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