Importante rodovia (BR) terá pedágio dobrado. Promessas de obras não convencem motoristas e produtores, que já sofrem com altos custos. Representantes criticam a falta de planejamento e transparência. Será que os usuários verão os benefícios prometidos ou apenas sentirão o impacto financeiro?
O aumento no valor do pedágio em uma das rodovias mais movimentadas do Mato Grosso do Sul já causa apreensão entre motoristas e produtores locais.
A BR-163-MS, administrada pela CCR-MSVia, está no centro de uma polêmica que envolve duplicações, contratos e um salto alarmante nos custos de pedágio.
Apesar das promessas de melhorias na via, muitos acreditam que os impactos negativos podem superar qualquer benefício.
- Governo tem data para lançar projeto ambicioso que recupera trecho de rodovia fundamental para o agro e indústria
- Dinheiro fácil? Só que não! Golpe do Petróleo faz mais de 5 MIL vítimas e rombo de R$ 15 MILHÕES
- Donald Trump aciona Elon Musk e pede que bilionário resolva um dos maiores desafios da Nasa nos últimos tempo: trazer de volta astronautas presos no espaço
- Após criar maior drone do mundo, empresa brasileira agora lança ‘ChatGPT do agro’
Na última terça-feira (17), durante uma audiência pública da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) realizada em Campo Grande, foi revelado que as tarifas do pedágio da rodovia BR-163-MS deverão dobrar nos próximos três anos.
A proposta, justificada pela necessidade de investimentos e pela retomada de obras paralisadas, provocou reações negativas do setor de transporte e logística, além de críticas de lideranças locais.
Um futuro incerto para os usuários
De acordo com o SETLOG-MS (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul), a audiência pública deixou mais dúvidas do que respostas.
Rafael Vitale, diretor geral da ANTT, explicou que a repactuação do contrato com a CCR-MSVia é a alternativa mais ágil para a retomada das obras de duplicação e aumento da segurança da rodovia.
No entanto, o impacto financeiro dessa decisão será diretamente sentido pelos usuários.
Segundo a proposta apresentada, o pedágio terá um aumento imediato de 33% já no próximo ano, com projeções de alcançar um reajuste total de 100% até 2027.
Isso significa que os motoristas pagarão o dobro para trafegar pelos mesmos trechos.
Críticas à falta de planejamento e divulgação
Cláudio Cavol, representante do SETLOG-MS, foi uma das vozes mais críticas na audiência.
Para ele, o evento foi decepcionante tanto pela falta de clareza nas explicações quanto pela ausência de divulgação adequada. “Eu mesmo só fiquei sabendo ontem à tarde pelo site da ANTT.
Se houvesse uma comunicação melhor, poderíamos ter trazido mais empresários e representantes do setor agropecuário para discutir soluções viáveis”, afirmou Cavol.
O dirigente ainda destacou que o aumento do pedágio será um “desastre econômico” para o Mato Grosso do Sul.
Ele enfatizou o impacto desproporcional sobre pequenos produtores, que dependem da rodovia para escoar suas mercadorias.
“Eles estão permitindo um aumento de 33% no próximo ano com pouquíssimos investimentos. Imagina o que será daqui a três anos, com tarifas 100% mais caras?”, questionou Cavol.
Obras prometidas até 2054: sonho ou realidade?
Outro ponto controverso foi o anúncio de que a duplicação dos 845 quilômetros da BR-163-MS deverá ser concluída apenas em 2054.
Rafael Vitale, diretor da ANTT, garantiu que os investimentos serão feitos gradualmente.
Entretanto, Cavol foi enfático em sua avaliação: “Quem viver, verá. Até lá, continuaremos a pagar um dos pedágios mais caros do Brasil sem o devido serviço.”
A CCR-MSVia, responsável pela concessão, defendeu o reajuste como uma necessidade para viabilizar os investimentos, argumentando que a paralisação das obras em anos anteriores comprometeu a segurança da rodovia.
Contudo, a população e representantes do setor questionam se esses custos serão revertidos em benefícios reais ou se o pedágio continuará a ser uma dor de cabeça para quem depende da BR-163-MS.
Impactos no transporte e na economia
Para o setor de transporte de cargas e logística, a situação é preocupante.
O aumento no pedágio pode afetar diretamente os custos do transporte de mercadorias, com impactos significativos na cadeia produtiva do estado.
Com uma economia fortemente baseada na agropecuária, o Mato Grosso do Sul depende de uma infraestrutura eficiente para manter sua competitividade.
Cavol destacou ainda a necessidade de um planejamento mais transparente e uma fiscalização mais rigorosa dos serviços prestados pela concessionária.
“É inadmissível pagar por algo que não está sendo entregue. As obras precisam ser retomadas de forma mais rápida e eficiente”, afirmou.
O que esperar do futuro?
A polêmica em torno da BR-163-MS reflete desafios maiores enfrentados em todo o Brasil com relação às concessões de rodovias.
Enquanto o aumento do pedágio é uma certeza, as melhorias prometidas ainda são uma incógnita.
Para motoristas e produtores do Mato Grosso do Sul, o futuro da rodovia será determinante para o desenvolvimento econômico da região.
E você, acha que o aumento do pedágio na BR-163-MS é justificado pelas promessas de obras? Ou será mais um custo sem retorno para os motoristas? Deixe sua opinião nos comentários!
Eu acho que poderia quadruplicar, a população merece, quem elegeu o entreguista não foi eu.
Todos os pedágios mais caro do país envolve a CCR porque será