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Importante rodovia (BR) verá pedágio DOBRAR de valor! Promessas de obras não convencem motoristas, que já sofrem com altos custos

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 19/12/2024 às 11:35
Pedágio da BR-163-MS dobrará nos próximos 3 anos. Motoristas enfrentam custos altos enquanto obras seguem incertas até 2054.
Pedágio da BR-163-MS dobrará nos próximos 3 anos. Motoristas enfrentam custos altos enquanto obras seguem incertas até 2054.

Importante rodovia (BR) terá pedágio dobrado. Promessas de obras não convencem motoristas e produtores, que já sofrem com altos custos. Representantes criticam a falta de planejamento e transparência. Será que os usuários verão os benefícios prometidos ou apenas sentirão o impacto financeiro?

O aumento no valor do pedágio em uma das rodovias mais movimentadas do Mato Grosso do Sul já causa apreensão entre motoristas e produtores locais.

A BR-163-MS, administrada pela CCR-MSVia, está no centro de uma polêmica que envolve duplicações, contratos e um salto alarmante nos custos de pedágio.

Apesar das promessas de melhorias na via, muitos acreditam que os impactos negativos podem superar qualquer benefício.

Na última terça-feira (17), durante uma audiência pública da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) realizada em Campo Grande, foi revelado que as tarifas do pedágio da rodovia BR-163-MS deverão dobrar nos próximos três anos.

A proposta, justificada pela necessidade de investimentos e pela retomada de obras paralisadas, provocou reações negativas do setor de transporte e logística, além de críticas de lideranças locais.

Um futuro incerto para os usuários

De acordo com o SETLOG-MS (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul), a audiência pública deixou mais dúvidas do que respostas.

Rafael Vitale, diretor geral da ANTT, explicou que a repactuação do contrato com a CCR-MSVia é a alternativa mais ágil para a retomada das obras de duplicação e aumento da segurança da rodovia.

No entanto, o impacto financeiro dessa decisão será diretamente sentido pelos usuários.

Segundo a proposta apresentada, o pedágio terá um aumento imediato de 33% já no próximo ano, com projeções de alcançar um reajuste total de 100% até 2027.

Isso significa que os motoristas pagarão o dobro para trafegar pelos mesmos trechos.

Críticas à falta de planejamento e divulgação

Cláudio Cavol, representante do SETLOG-MS, foi uma das vozes mais críticas na audiência.

Para ele, o evento foi decepcionante tanto pela falta de clareza nas explicações quanto pela ausência de divulgação adequada. “Eu mesmo só fiquei sabendo ontem à tarde pelo site da ANTT.

Se houvesse uma comunicação melhor, poderíamos ter trazido mais empresários e representantes do setor agropecuário para discutir soluções viáveis”, afirmou Cavol.

O dirigente ainda destacou que o aumento do pedágio será um “desastre econômico” para o Mato Grosso do Sul.

Ele enfatizou o impacto desproporcional sobre pequenos produtores, que dependem da rodovia para escoar suas mercadorias.

“Eles estão permitindo um aumento de 33% no próximo ano com pouquíssimos investimentos. Imagina o que será daqui a três anos, com tarifas 100% mais caras?”, questionou Cavol.

Obras prometidas até 2054: sonho ou realidade?

Outro ponto controverso foi o anúncio de que a duplicação dos 845 quilômetros da BR-163-MS deverá ser concluída apenas em 2054.

Rafael Vitale, diretor da ANTT, garantiu que os investimentos serão feitos gradualmente.

Entretanto, Cavol foi enfático em sua avaliação: “Quem viver, verá. Até lá, continuaremos a pagar um dos pedágios mais caros do Brasil sem o devido serviço.”

A CCR-MSVia, responsável pela concessão, defendeu o reajuste como uma necessidade para viabilizar os investimentos, argumentando que a paralisação das obras em anos anteriores comprometeu a segurança da rodovia.

Contudo, a população e representantes do setor questionam se esses custos serão revertidos em benefícios reais ou se o pedágio continuará a ser uma dor de cabeça para quem depende da BR-163-MS.

Impactos no transporte e na economia

Para o setor de transporte de cargas e logística, a situação é preocupante.

O aumento no pedágio pode afetar diretamente os custos do transporte de mercadorias, com impactos significativos na cadeia produtiva do estado.

Com uma economia fortemente baseada na agropecuária, o Mato Grosso do Sul depende de uma infraestrutura eficiente para manter sua competitividade.

Cavol destacou ainda a necessidade de um planejamento mais transparente e uma fiscalização mais rigorosa dos serviços prestados pela concessionária.

“É inadmissível pagar por algo que não está sendo entregue. As obras precisam ser retomadas de forma mais rápida e eficiente”, afirmou.

O que esperar do futuro?

A polêmica em torno da BR-163-MS reflete desafios maiores enfrentados em todo o Brasil com relação às concessões de rodovias.

Enquanto o aumento do pedágio é uma certeza, as melhorias prometidas ainda são uma incógnita.

Para motoristas e produtores do Mato Grosso do Sul, o futuro da rodovia será determinante para o desenvolvimento econômico da região.

E você, acha que o aumento do pedágio na BR-163-MS é justificado pelas promessas de obras? Ou será mais um custo sem retorno para os motoristas? Deixe sua opinião nos comentários!

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Eduardo
Eduardo
19/12/2024 12:32

Eu acho que poderia quadruplicar, a população merece, quem elegeu o entreguista não foi eu.

Antonio francischinelli
Antonio francischinelli
20/12/2024 15:39

Todos os pedágios mais caro do país envolve a CCR porque será

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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