O órgão federal negou a licença prévia para construção do Parque Eólico Offshore Caucaia após observar irregularidades no projeto
O Ibama indeferiu o pedido de licença prévia para instalação do parque eólico offshore Caucaia, da BI Energia, no Ceará. O projeto de 598 MW é uma sociedade entre a italiana Imprese e Sviluppo e o empresário Lucio Bonfim.
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O EIA/Rima, que é o estudo de impacto ambiental, não foi aprovado pelo Ibama em um parecer divulgado no dia 06 de agosto. Conforme o documento do Ibama, o projeto mostrado “tem elevado grau de imaturidade, pois não são definidas as intervenções e impactos relacionados à criação das áreas portuárias essenciais ao projeto e/ou previsão de eventuais necessidades de expansão de portos de referência existentes, dragagens e criação de novas vias de acesso”.
Outro ponto do componente eólico semi-offshore do empreendimento, com a instalação de aerogeradores no final dos molhes – paredão que se constrói para proteção da violência das águas, como quebra-mar – isso causa um enorme impacto diretos e riscos ligados, “os quais se encontram em total dissonância com a vocação turística da área”.
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O Ibama sugere as empresas do projeto busquem alternativas para alcançar sua disposição de controlar a erosão das praias, “pois a vinculação da implantação de molhes com a geração de energia não se justifica tecnicamente em termos de produção de impactos que seriam ocasionados”.
O projeto estava previsto a ter 48 turbinas offshore e 11 turbinas semioffshore. Logo ter a descrição do empreendimento não aprovada, teve o pedido para atuar no local arquivado, por ser a segunda vez que o EIA-Rima não aprova, e o Ibama irá cobrar o custo para analisar o projeto. Lúcio Bomfim, que é o sócio-propietário da BI Energia, disse em sua conta no LinkedIn que “apesar do posicionamento do Ibama, a empresa não perde a motivação de implantar o projeto”.