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Honda EV Outlier propõe “reset” nas motos e esse modelo com motor nas duas rodas projeta como será a experiência de pilotagem para 2030 e além

Escrito por Geovane Souza
Publicado em 31/10/2025 às 10:42
Honda EV Outlier propõe “reset” nas motos e esse modelo com motor nas duas rodas projeta como será a experiência de pilotagem para 2030 e além
Foto: O Honda EV Outlier Concept é um laboratório sobre como será pilotar na próxima década.
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Protótipo mostrado no Japan Mobility Show 2025, em Tóquio, antecipa ergonomia baixa, torque ajustável por eixo e painel com câmeras no lugar dos retrovisores; parte das soluções pode migrar a modelos de produção

O Honda EV Outlier Concept é um laboratório sobre como será pilotar na próxima década, não um produto pronto. A marca apresentou o estudo no Japan Mobility Show 2025, em Tóquio, como uma visão “além de 2030”.

A proposta redefine proporções e dinâmica: motores elétricos nas duas rodas e posição de condução rebaixada criam nova sensação de controle e velocidade. O objetivo é repensar do zero o papel da eletrificação nas duas rodas.

Segundo a Honda, o conceito explora o que só a arquitetura elétrica permite: pacote de bateria central, distribuição de massa otimizada e ajuste fino de torque dianteiro/traseiro diretamente pelo painel.

A montadora liga o projeto às metas de neutralidade de carbono até 2050 e o posiciona como manifesto de design. Países e mercados receberão ecos dessas soluções ao longo da década.

O que a Honda mostrou no Japão

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O EV Outlier traz motores “in-wheel” integrados aos cubos, um na frente e outro atrás. Isso elimina corrente ou cardã e libera novos caminhos para chassi e ergonomia, inclusive uma silhueta longa e baixa.

A suspensão frontal adota duplo braço oscilante, solução incomum em motos de rua e mais vista em projetos experimentais. Atrás, o conjunto prioriza centralização de massas.

O desenho mistura superfícies limpas e elementos mecânicos expostos, com assinatura de LEDs contínua na dianteira e traseira minimalista. O resultado remete ao visual “cyberpunk” citado por publicações internacionais.

Como será “pilotar em 2030”: gliding, ecstasy e low

Honda EV Outlier
Protótipo mostrado no Japan Mobility Show 2025, em Tóquio, antecipa ergonomia baixa

A experiência foi pensada em três sensações. Gliding é deslizar em silêncio, com entrega linear e contínua dos motores, algo próprio de EVs e intensificado pela tração nas duas rodas.

Ecstasy vem do torque instantâneo e da resposta imediata. O ajuste de distribuição de força entre eixos pelo painel busca precisão em arrancadas e curvas, ampliando a margem de controle.

Low define a ergonomia: assento rebaixado e encosto tipo “bucket” seguram o piloto em acelerações fortes, usando o corpo como eixo para contornar curvas com mais confiança.

O painel exibe duas telas e troca retrovisores por câmeras, solução comum em conceitos e já vista em carros. A proposta amplia campo de visão e reduz arrasto aerodinâmico.

Painel da Honda EV Outlier
Protótipo mostrado no Japan Mobility Show 2025, em Tóquio, antecipa ergonomia baixa

No cockpit, o controle de torque por eixo vira uma função central. A interface dá ao piloto leitura rápida de velocidade, energia e tração, com ajustes dinâmicos conforme o uso.

A soma de silêncio, posição baixa e tração integral sugere uma condução distinta de motos a combustão, com estabilidade em baixa e aceleração que “empurra” sem trocas de marcha.

Tecnologia e design: por que o “fora da curva” interessa

Liderado por Yuya Tsutsumi, o time declara o desejo de “resetar valores” e abandonar amarras do motor a combustão. O próprio nome Outlier indica a intenção de sair da curva.

Ao embutir motores nos cubos, o projeto remove eixos intermediários e libera espaço para bateria central. Isso facilita balanceamento, melhora empacotamento e reduz perdas mecânicas.

A tração nas duas rodas pode beneficiar arrancadas em piso irregular, trechos molhados e saídas de curva, ao permitir a vetorização simples de torque entre frente e traseira.

A suspensão de duplo braço promete leitura mais previsível de carga e geometria estável na frenagem, ainda que exija soluções de peso e custo para eventual produção.

O uso de câmeras no lugar de espelhos melhora campo de visão, porém depende de regulamentação local. No Brasil, o Contran já regula itens de segurança, e mudanças exigiriam atualização normativa.

No conjunto, o EV Outlier funciona como plataforma de testes para ergonomia, integração digital e arquitetura elétrica, mais do que um “teaser” de um único modelo final. Honda Global

E o que isso diz ao Brasil: da vitrine ao chão de fábrica

Para o público brasileiro, a mensagem é clara: design e eletrificação caminham juntos e devem influenciar scooters e motos urbanas nesta década, inclusive nas linhas CB/CG elétricas futuras.

A viabilidade local depende de infraestrutura de recarga, incentivos e custos de bateria. Conceitos como o Outlier ajudam a baratear tecnologias ao migrarem gradualmente a produtos.

Marcas avaliam também serviços conectados e atualizações remotas. A central digital do Outlier antecipa software como diferencial de segurança e desempenho nas duas rodas.

Se adotada em série, a tração dupla pode surgir primeiro em edições limitadas ou nichos premium, enquanto ergonomia baixa e iluminação em LED migram a modelos urbanos.

A discussão passa por reparabilidade e rede técnica. Moto com motores nos cubos exige capacitação específica, algo que os fabricantes já mapeiam na transição ao elétrico.

Para pilotos e entregadores, autonomia e custo por km seguem centrais. O conceito não traz números, mas sinaliza ganhos de eficiência por perdas menores na transmissão.

Vai virar produto? O que esperar dos prazos

A Honda trata o EV Outlier como estudo de design e engenharia. A imprensa especializada fala em pós-2030 para uma derivação chegar às ruas, se houver decisão de produção.

Antes disso, elementos como ergonomia “dynamic & low”, câmeras e ajuste de torque podem aparecer em séries conceituais e, gradualmente, em motos reais.

A empresa vincula o programa às metas climáticas de 2050, usando o protótipo como farol do portfólio elétrico de duas rodas, de mobilidade pessoal a alta performance.

O que você acha que mais importa numa moto elétrica: autonomia real, preço de entrada ou tecnologia de tração dupla como a do EV Outlier? Comente abaixo, defenda seu ponto e diga se a ergonomia baixa faz sentido nas nossas ruas ou é só vitrine de salão.

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Geovane Souza

Especialista em criação de conteúdo para internet, SEO e marketing digital, com atuação focada em crescimento orgânico, performance editorial e estratégias de distribuição. No CPG, cobre temas como empregos, economia, vagas home office, cursos e qualificação profissional, tecnologia, entre outros, sempre com linguagem clara e orientação prática para o leitor. Universitário de Sistemas de Informação no IFBA – Campus Vitória da Conquista. Se você tiver alguma dúvida, quiser corrigir uma informação ou sugerir pauta relacionada aos temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: gspublikar@gmail.com. Importante: não recebemos currículos.

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