Enterrado há cerca de dois mil anos, o tesouro descoberto em Borsum inclui 450 moedas de prata, um anel e barras metálicas. O caso intriga arqueólogos e reacende o debate sobre buscas ilegais na Alemanha
Um mistério guardado sob a terra por séculos veio à tona na pequena vila de Borsum, no noroeste da Alemanha. O caso mistura arqueologia, segredo e infração. Em 2017, um homem descobriu centenas de artefatos antigos com um detector de metais, mas só contou tudo às autoridades oito anos depois, em abril deste ano.
Moedas, anel e barras de prata
Durante a escavação, ele encontrou um anel de ouro, uma moeda de ouro, várias barras e centenas de moedas de prata.
Segundo especialistas, o material remonta à Era Romana, embora ainda falte comprovar se o conjunto pertencia aos romanos ou às tribos germânicas da região.
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Essa dúvida permanece porque ambos os grupos coexistiram naquele território há cerca de dois mil anos.
A lei proíbe caças ao tesouro sem autorização
A busca por artefatos históricos com detectores de metais é ilegal na Baixa Saxônia, estado onde o achado ocorreu.
A regra existe para garantir que eventuais descobertas sejam relatadas oficialmente, permitindo o registro e a preservação adequada dos objetos.
Portanto, o uso do equipamento sem licença torna a ação irregular.
Mesmo assim, o homem, hoje com 31 anos, foi posteriormente inscrito em um curso oficial de detector de metais promovido pelo governo local.
O Ministério Público de Hildesheim decidiu arquivar o caso porque o prazo de prescrição já havia expirado, impedindo qualquer punição judicial.

Novas escavações e mais moedas
Após a confissão, técnicos do Escritório Estadual de Preservação de Monumentos visitaram o local para garantir que nenhum item tivesse sido perdido e tentar entender o contexto histórico da descoberta.
Em outubro, uma equipe de arqueólogos realizou uma investigação mais detalhada. O resultado surpreendeu: novas moedas foram localizadas, elevando o total para 450 peças de prata.

Valor histórico e científico
A coleção é considerada um dos maiores conjuntos de moedas romanas já encontrados em solo alemão.
Para o arqueólogo Sebastian Messal, responsável pelo departamento regional que acompanha o caso, o tesouro tem grande valor científico.
As moedas pertencem ao período de transição entre o fim da República Romana e o início do Império.
Contudo, os especialistas ainda precisam determinar quando e por que foram enterradas — e quem teria decidido escondê-las em Borsum.
Com informações de Revista Galileu.



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