Harley-Davidson revela protótipos de “motinha elétrica” da LiveWire com motor de 125 cc, autonomia de 160 km e até 85 km/h, marcando expansão para modelos urbanos e de lazer.
A Harley-Davidson decidiu acelerar de vez no segmento de motos elétricas e surpreendeu os fãs durante o festival Harley-Davidson Homecoming, nos Estados Unidos. A marca apresentou, por meio de sua divisão LiveWire, dois protótipos de uma “motinha elétrica” que promete mudar a percepção sobre o que é uma Harley: um modelo leve, compacto e pensado para o uso urbano e recreativo, com motor equivalente a 125 cc, autonomia de até 160 km e velocidade máxima de 85 km/h.
Essa nova aposta mostra que a Harley quer ampliar seu público e se posicionar também no mercado de mobilidade elétrica de menor porte, atraindo desde iniciantes no mundo das duas rodas até usuários que buscam uma alternativa prática e divertida para deslocamentos curtos e lazer.
“Motinha elétrica” da Harley tem proposta ousada
Os dois protótipos apresentados compartilham a mesma plataforma técnica e foram inspirados em minimotos de 125 cm³, mas com propulsão totalmente elétrica. Com peso de 113 kg e assento a 76 cm do chão, os modelos entregam uma pilotagem acessível e descomplicada, com aceleração de 0 a 48 km/h em apenas 3 segundos.
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O desempenho promete surpreender: a autonomia chega a 160 km por carga completa, e a moto é capaz de atingir 85 km/h, velocidade suficiente para deslocamentos urbanos e até pequenas aventuras fora de estrada.
O sistema de baterias é composto por duas unidades removíveis e intercambiáveis, que podem ser carregadas diretamente na moto ou em carregadores externos — uma solução prática que facilita o uso no dia a dia.
Trail e Street: duas versões para públicos diferentes
A Harley não se contentou em apresentar apenas um modelo. Foram reveladas duas variantes:
- Trail – voltada para uso fora de estrada leve, como trilhas, áreas de camping e estradas rurais, com suspensões mais preparadas e visual aventureiro.
- Street – pensada para a mobilidade urbana, com design mais compacto e funcional para deslocamentos diários.
Ambas as versões estão em estágio de protótipo e ainda não têm previsão oficial de lançamento, mas deixam claro que a Harley quer explorar segmentos até então distantes de sua imagem tradicional de motos grandes e pesadas.
LiveWire: a aposta elétrica da Harley-Davidson
A LiveWire, marca de motocicletas elétricas da Harley-Davidson, vem se consolidando como a divisão responsável por levar a marca para o futuro.
Depois de lançar a LiveWire One e a esportiva S2 Del Mar, a empresa agora aposta em motos menores e mais acessíveis, em um movimento que lembra o que Tesla fez com seus carros: começar pelo topo e depois criar produtos para um público mais amplo.
Essas “motinhas elétricas” podem ser a porta de entrada para novos clientes, especialmente jovens que buscam uma primeira moto elétrica ou entusiastas de mobilidade sustentável.
Harley-Davidson e a transição elétrica no setor de duas rodas
A decisão de investir em modelos compactos e elétricos reflete uma tendência global. Montadoras como Honda, Yamaha e BMW também vêm desenvolvendo motocicletas e scooters elétricas para uso urbano. A Harley, que sempre foi sinônimo de motos de alto cilindrada e estradeiras, percebeu que o mercado exige inovação e diversidade de produtos.
Segundo analistas, a marca entende que o setor elétrico ainda tem muito espaço para crescer, especialmente em cidades, onde a procura por soluções limpas e práticas é cada vez maior.
Especificações técnicas e destaques do protótipo
- Motor equivalente a 125 cc a combustão
- Velocidade máxima: 85 km/h
- Aceleração: 0 a 48 km/h em 3 segundos
- Autonomia: até 160 km
- Peso: cerca de 113 kg
- Baterias: duas unidades removíveis e intercambiáveis
Esses números posicionam o modelo como uma opção intermediária entre uma scooter elétrica e uma moto urbana, com desempenho suficiente para deslocamentos diários e aventuras ocasionais.
Quem a Harley quer conquistar com a “motinha elétrica”?
Com esse lançamento, a Harley busca atrair novos públicos:
- Iniciantes no mundo das motos, que podem se sentir intimidados pelos modelos tradicionais da marca.
- Moradores de cidades, que buscam praticidade para o trânsito urbano.
- Entusiastas de aventura leve, que podem usar a versão Trail em trilhas e áreas de lazer.
Além disso, o apelo sustentável e a proposta de um modelo mais acessível podem abrir portas em mercados internacionais onde a Harley ainda não tem forte presença.
A Harley-Davidson deixou claro que os modelos ainda estão em desenvolvimento e não anunciará lançamento imediato. Mas a apresentação durante o Homecoming Festival já serve como um sinal de que a marca está comprometida em expandir sua linha elétrica.
Se esses protótipos chegarem ao mercado com bom custo-benefício, podem se tornar um sucesso e abrir uma nova fase para a Harley, que deixará de ser vista apenas co