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Hamas libera 17 reféns em Gaza, em terceiro dia de trocas com Israel.

Escrito por Paulo S. Nogueira
Publicado em 26/11/2023 às 15:18
Catar, Guerra Israel-Hamas, Hamas, Israel, ONU
Entre os resgatados estão 13 israelitas, três cidadãos estrangeiros e um indivíduo portador de passaporte russo

– Dentre os resgatados, encontram-se 13 israelenses, três estrangeiros e um portador de passaporte russo. A operação de resgate foi bem-sucedida e todos estão em segurança.

O representante do Catar, que inspecionou a fronteira de Rafah no final de semana, expressou preocupação com a insuficiência do auxílio à faixa de Gaza para suprir as necessidades da região. Mahmoud al-Mordawi, um membro importante do grupo Hamas em Beirute, afirmou que a entrada de 300 caminhões no norte de Gaza no domingo e segunda-feira é crucial para suprir a carência dos últimos dias.

Um ataque das forças israelenses na Cisjordânia ocupada resultou na morte de pelo menos sete palestinos, conforme relatado pela estação de rádio Voz da Palestina. Não houve comentários por parte do exército de Israel em relação aos acontecimentos. Além disso, mísseis israelitas atingiram o aeroporto internacional da Síria em Damasco, deixando-o fora de serviço, como informou a agência de notícias estatal SANA.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, expressou que o primeiro dia de libertação de reféns ‘correu bem’ e planeja conversar com Netanyahu no domingo. Adicionalmente, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, tem uma visita agendada para Israel esta semana, marcando a quarta visita desde 7 de outubro, de acordo com informações da mídia local.

Restrição de acesso marítimo e apreensão de dinheiro durante invasão em Gaza

No domingo, as autoridades de Israel emitiram um alerta proibindo os civis em Gaza de se aproximarem a menos de 1 quilômetro da fronteira com Israel ou de entrar no mar.

O Ministério da Defesa de Israel informou que durante a invasão terrestre, o exército israelense apreendeu aproximadamente 5 milhões de shekels (US$ 1,3 milhões) do Hamas. As moedas do Iraque, da Jordânia e dos EUA foram encontradas principalmente nos redutos do Hamas e nas residências dos suspeitos.

A medida de proibição de acesso marítimo e a apreensão significam a intensificação das ações de contenção e controle por parte de Israel na região de Gaza.

Ainda assim, a organização informou que muitos residentes continuam enfrentando escassez de alimentos e de combustível para cozinhar, e as padarias estão inoperantes. Essa situação levanta sérias preocupações sobre a nutrição, principalmente na região norte de Gaza, que foi o principal alvo da ofensiva terrestre israelense. Além disso, foi relatado que as forças de Israel detiveram alguns palestinos que estavam viajando ao longo do “corredor” seguro estabelecido por Israel, que atravessa o território de norte a sul.

Israel utilizou seu poder militar na região densamente populada da Faixa de Gaza desde o ataque. De acordo com o ministério da saúde controlado pelo Hamas, pelo menos 15 mil pessoas foram mortas. A pausa humanitária de quatro dias depende da libertação de um total de 50 reféns pelo Hamas, bem como da soltura de 150 mulheres e menores detidos em prisões israelenses.

A interrupção temporária das hostilidades em Gaza “permaneceu em grande parte” desde que entrou em vigor na sexta-feira, permitindo que as Nações Unidas intensificassem a entrega de ajuda essencial dentro e através de Gaza, de acordo com uma atualização do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários. **Esta pausa é crucial para a entrega de assistência humanitária à região.**

Lolwah Al-Khater, representante do Catar para a cooperação internacional, informou à TV Al-Jazeera que esforços políticos estão em andamento para estender a atual trégua, agendada para um período de quatro dias.

Um atraso nas libertações no sábado, atribuído pelo Hamas a Israel, destacou a instabilidade da trégua de curto prazo. O Hamas é reconhecido como um grupo terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia. Militantes do grupo entraram em Israel em 7 de outubro, causando a morte de 1.200 pessoas e o sequestro de aproximadamente 240 outras. Este cenário ressalta a importância de discutir a extensão da trégua para garantir a segurança e estabilidade na região.

Libertações em Gaza e acordos mediados

As libertações realizadas em várias fases são essenciais para um acordo mediado pelo Catar e pelo Egito, que resultou em uma pausa nos combates em uma guerra que já dura mais de seis semanas. Além disso, permitiu um aumento no fornecimento de ajuda humanitária para a Gaza sitiada.

Em uma outra situação, o Hamas anunciou no domingo que libertaria um refém israelense-russo, como forma de agradecimento à posição russa em apoio à causa palestina, e em resposta aos esforços do presidente Vladimir Putin. Acredita-se que esse indivíduo faça parte dos 14 detidos israelenses.

“Estamos empenhados em resgatar nossos reféns e vamos garantir que todos sejam devolvidos”, disse o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em um comunicado oficial.

O gabinete do primeiro-ministro informou que havia recebido uma relação de pessoas sequestradas que o grupo Hamas deveria entregar no domingo. O grupo militante palestino que controla Gaza libertou um total de 26 cidadãos israelenses, incluindo alguns com dupla nacionalidade, além de 14 tailandeses e um filipino na sexta-feira e no sábado.

Os não-nacionais eram provenientes da Tailândia, de acordo com o Catar. Previamente, o assessor de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, declarou que existiam “motivos para acreditar” que pelo menos um cidadão dos EUA estaria entre os libertados.

As negociações estão em andamento para estender o cessar-fogo de quatro dias, enquanto mais caminhões de assistência humanitária se dirigem para Gaza no domingo, abrangendo áreas do norte.

O grupo Hamas libertou um total de 17 pessoas no último domingo, como parte de um plano de libertação de reféns durante um cessar-fogo temporário com Israel. O objetivo é estender a pausa nos combates para além dos quatro dias iniciais.

Os reféns libertados foram entregues aos cuidados da Cruz Vermelha e incluíam 13 israelenses, três cidadãos estrangeiros e um indivíduo com passaporte russo. A troca foi feita em troca de 39 prisioneiros palestinos, segundo informações do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Catar, Majed Al-Ansari. Diferentemente das duas noites anteriores, os reféns foram libertados na parte norte da Faixa de Gaza.

A operação de libertação de reféns faz parte do esforço para manter o cessar-fogo e reduzir a tensão entre as partes envolvidas.

Fonte: InfoMoney

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Paulo S. Nogueira

Criador e divulgador de conteúdo na área do petróleo, gás, offshore, renováveis, mineração, economia tecnologia, construção e outros setores da energia.

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