Guiana Francesa anuncia compra de navio-patrulha oceânico de empresa francesa para proteger sua zona econômica exclusiva e fortalecer laços internacionais, em resposta à crescente tensão com a Venezuela sobre a região rica em petróleo do Essequibo.
A Guiana Francesa, em uma estratégica manobra de defesa, anunciou nesta semana a compra de um moderno navio-patrulha oceânico, a ser construído pela renomada empresa francesa OCEA S.A. Avaliado em cerca de 212 milhões de reais, este investimento é um marco significativo para o fortalecimento da presença guianense em suas águas territoriais, especialmente no contexto da tensa relação com a Venezuela sobre a região rica em petróleo do Bloco de Stabroek.
A recente ação unilateral de Nicolás Maduro, que proclamou um estado venezuelano na região disputada de Essequibo, intensificou as preocupações de segurança em Georgetown, motivando esta compra. O navio, que não é apenas uma embarcação de combate mas também um instrumento de vigilância e proteção ambiental, servirá crucialmente para monitorar atividades como pesca ilegal e potenciais contaminações ambientais.
A aquisição da Guiana vai além da defesa marítima
Ela reflete um esforço guianense para fortalecer alianças internacionais, evidenciado pela proximidade com a França que, além de construir o navio, planeja abrir uma embaixada em Georgetown. Este movimento estratégico vem em um momento onde a Guiana, embora militarmente modesta comparada à vizinha Venezuela, busca consolidar sua soberania e integridade territorial através de parcerias estratégicas e investimentos em defesa.
- Rússia lança míssil hipersônico e Putin ameaça OTAN e EUA: ‘O conflito agora é global!’
- Petrobras tem plano ambicioso de ter 15 NOVAS plataformas para gerar empregos e se consolidar como uma das maiores petroleiras do mundo
- Ucrânia detona alvos estratégicos dentro da Rússia com mísseis Storm Shadow e envia mensagem clara: ‘Não temos apenas o ATACMS!’, dispara Zelensky
- Rússia choca o mundo ao lançar míssil balístico intercontinental em escalada sem precedentes contra a Ucrânia
Com o respaldo dos Estados Unidos e do Reino Unido, a Guiana não só desafia as reivindicações venezuelanas mas também prepara-se para uma defesa robusta de suas águas e recursos. A nova aquisição naval, portanto, é mais do que um upgrade militar; é um símbolo potente de independência e resiliência guianense no palco geopolítico da América do Sul.
Navio-patrulha oceânico adquirido pela Guiana é o OPV 190
Para finalizar, vale ressaltar mais detalhes técnicos sobre o novo navio-patrulha oceânico guianense. Segundo informações da OCEA S.A, repassadas ao Naval News, o modelo adquirido pela Guiana é o OPV 190 de 58 metros, conhecido por sua construção robusta com casco de alumínio. Este mesmo modelo foi entregue ao Senegal em 2016, demonstrando a eficácia e a confiabilidade dessas embarcações em operações marítimas.
A expertise da OCEA S.A não se limita a um único tipo de embarcação ou cliente. A empresa já forneceu diversos barcos patrulha e pequenos OPVs para o Suriname, país vizinho da Guiana, e está atualmente envolvida na construção de 20 barcos patrulha destinados à guarda de fronteira da Ucrânia, ampliando sua presença no cenário global de defesa marítima.
Importante destacar também que o novo navio-patrulha oceânico, o GDFS Berbice, chega para complementar e eventualmente substituir o antigo navio-capitânia da Guarda Costeira da Força de Defesa da Guiana, o GDFS Essequibo, um navio-varredor da classe River que foi aposentado no ano passado. Com a inclusão do Berbice, a Guiana fortalece significativamente sua capacidade de patrulhamento e defesa marítima, crucial para a proteção de suas águas e recursos naturais.