Caminhoneiros armam greve contra a disparada constante do preço da gasolina e diesel nos postos de combustíveis praticado pela Petrobras
Conforme antecipamos, domingo próximo (25), Dia do Motorista, está prevista uma greve dos caminhoneiros. A categoria se diz insatisfeita com promessas não cumpridas do presidente Jair Bolsonaro, e também a alta do diesel tem provocado descontentamento.
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O presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Plínio Dias, disse que a mobilização começa no dia 25 e que a adesão pode crescer na segunda-feira e nos dias subsequentes. Ao todo, ele afirma ter enviado 387 ofícios ao governo com as demandas da categoria.
Uma delas é o pedido de fim da Política de Paridade Internacional da Petrobras, que regula o preço do combustível de acordo com o mercado mundial. Outro é o fim da isenção do PIS/Cofins sobre o diesel.
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A Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) vai decidir sobre a adesão no movimento em reunião com seus associados amanhã (22). Já a Associação Nacional de Transporte do Brasil (ANTB), disse que apoia a decisão.
Clique aqui para ler a íntegra da nota divulgada.
Ministério da Infraestrutura vê que movimento não terá adesão da categoria e acredita ser movimento político
A greve dos caminhoneiros , marcada para o próximo domingo (25), não está entre as maiores preocupações do Palácio do Planalto neste momento. Pelo contrário, a equipe do presidente Jair Bolsonaro acredita que não haverá adesão da grande massa da categoria e não reconhece a manifestação.
Nos bastidores, há informações de que o Ministério da Infraestrutura cruzou ligações de caminhoneiros com partidos de oposição do presidente Jair Bolsonaro. Em nota ao UOL, a pasta chefiada por Tarcísio de Freitas informou que o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), um dos organizadores da paralisação, “não é entidade de classe representativa para falar em nome do setor do transporte rodoviário de cargas autônomo”.
Em 2018, os caminhoneiros promoveram uma greve histórica contra o valor do diesel
A demanda dos caminhoneiros, que chegaram a promover uma greve histórica contra os preços do diesel, em 2018, segue-se ainda a constantes reclamações do próprio presidente Bolsonaro sobre o custo dos combustíveis.
Na carta enviada ao presidente Bolsonaro, a CNTRC pede que o Governo adote a taxação de exportações de petróleo bruto “como medida imediata”, enquanto outros pleitos devem ser analisados, como o fim da busca pela paridade de importação.
“Os recursos advindos da taxação na exportação de petróleo bruto poderão ser utilizados para compensar Estados e União na redução de impostos sobre combustíveis”, sugeriu o grupo de caminhoneiros.
Disparada no preço da gasolina, etanol, diesel e GNV faz motoristas recorrerem ao combustível biometano; o combustível veio para ´salvar` e aliviar o bolso do consumidor
A cada dia que passa, aumentam os preços da gasolina, etanol e diesel, e, com isso, os brasileiros que trabalham com transporte de passageiros, como taxistas e motoristas de aplicativos, que recorriam ao Gás Natural Veicular (GNV), estão migrando para o biometano, uma vez que o GNV também está começando a pesar no bolso. O biogás pode ser usado sem problemas nos veículos que têm kit-gás.
A Petrobras fez um novo reajuste no preço do GNV, aumentando 39% para as distribuidoras. Segundo o levantamento feito pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), na última semana de maio, o preço do gás veicular ao consumidor final, já chegava a R$ 4,199 em alguns pontos da cidade do Rio de Janeiro. Diante disso, apesar de não ser uma solução nova, o biogás tem se popularizado por render mais e ser mais barato.
Atualmente, apenas dez postos de combustível no Rio de Janeiro oferecem o GNC biometano (biogás), mas, de acordo com Jorge Mathuiy, diretor comercial da indústria de cilindros MAT, até o fim do ano, esse número deve aumentar bastante, já que o biometano tem um custo de aquisição mais barato e é completamente seguro.
A grande vantagem do uso do biometano é que, além da maior autonomia, o combustível oferece maior segurança, por ser mais leve do que o ar, e, em caso de vazamento, o gás se dissipa rapidamente, o que reduz o risco de explosões e incêndios. Enquanto o álcool se inflama a 200ºC, e a gasolina a 300ºC, para que o biogás se inflame é preciso que seja submetido a uma temperatura superior a 620ºC.
Os motoristas ainda encontram dificuldade para identificar, nos postos, o biometano. A dica é perguntar ao frentista se a opção está disponível ou observar na bomba se fornecedor é uma das empresas que distribuem o combustível, por exemplo, a Neogás.