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Greve dos Petroleiros neste dia 03 no Terminal Aquaviário da Transpetro / Petrobrás de Paranaguá: Segundo o sindicato, as péssimas condições de trabalho e altos preços dos combustíveis é a causa do protesto

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 03/11/2021 às 08:38
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Terminal de Paranaguá/ Fonte: Transpetro

O ato é organizado pelo Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa
Catarina, devendo durar o dia todo e causa fila de caminhões no entorno do Tepar

Em dia de visita de diretor da Transpetro/Petrobrás, petroleiros protestam contra as péssimas condições de trabalho e altos preços dos combustíveis. Trabalhadores do Terminal Aquaviário da Transpetro/Petrobrás de Paranaguá (Tepar) bloqueiam todas as vias de acesso à unidade na manhã desta quarta-feira (3), inclusive para caminhões.

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O protesto é organizado pelo Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina e acontece durante a visita do diretor de dutos e terminais da Transpetro, Benício Antunes. Vários problemas que acontecem no local são apontados, entre eles o sucateamento das instalações, a falta de segurança, o arrocho salarial, a redução do número de empregados e a precarização das condições de trabalho.

O Sindicato questiona que os gestores da estatal enriquecem com altíssimos salários, bônus e outras benesses, mas massa de trabalhadores, próprios e terceirizados, enfrenta péssima situação no trabalho. O presidente da Petrobras, general Joaquim Luna e Silva, recebe R$ 260 mil por mês. Já profissionais com muitos anos de experiência tiveram seus ganhos reduzidos praticamente ao salário mínimo, além de sofrerem com cortes de diversos outros direitos, como o plano de saúde.

A segurança é outro problema. A falta de manutenção adequada, causada por cortes de verbas, deixa as instalações em perigo, já que o terminal opera com produtos inflamáveis e a degradação dos equipamentos é evidente. O Tepar virou uma bomba relógio e coloca em risco a comunidade e demais empresas do entorno.

A manifestação também critica os altos preços dos combustíveis, resultado da política de gestão da companhia, que cobra do consumidor brasileiro com base nas cotações do petróleo no mercado internacional e do dólar. Tal prática é denominada de PPI – Preço de Paridade de Importação. É um absurdo que um país produtor de petróleo e com um grande parque de refino cobre do seu povo como se importasse todo o combustível. Enquanto famílias voltam a cozinhar à lenha porque não têm mais condições de comprar um botijão de gás, a Petrobrás distribuiu, apenas neste ano, cerca de R$ 32 bilhões aos seus acionistas. A maior parte desse dinheiro foi para fora do país.

O ato deve durar o dia todo e causa fila de caminhões no entorno do Tepar.

Fonte: Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina

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Paulo Nogueira

Com formação técnica, atuei no mercado de óleo e gás offshore por alguns anos. Hoje, eu e minha equipe nos dedicamos a levar informações do setor de energia brasileiro e do mundo, sempre com fontes de credibilidade e atualizadas.

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